Entre os teóricos que defenderam o Absolutismo monárquico estava Jacques Bossuet, que declarou:

Analisando a af irmação teórica de J. Bossuet e relacionando-a com os fatos narrados por C. Hill, pode-se corretamente afirmar que a execução de Carlos I assinalou

Analisando a af irmação teórica de J. Bossuet e relacionando-a com os fatos narrados por C. Hill, pode-se corretamente afirmar que a execução de Carlos I assinalou
Gabarito comentado
Alternativa correta: A
Tema central: a execução de Carlos I (1649) e seu impacto sobre o princípio do direito divino dos reis — defendido por teóricos como Jacques Bossuet — e as consequências políticas para a Inglaterra e a Europa.
Resumo teórico e contextualização: Bossuet representava a doutrina do poder real absoluto baseado na vontade divina. A decapitação de Carlos I, liderada por forças parlamentares e republicanas (incluindo os puritanos e o Exército de Cromwell), constituiu uma ruptura simbólica: um rei foi julgado e executado pelo seu povo/Parlamento, o que colocou em xeque a idéia de soberania exclusivamente divina e hereditária. Historiadores como Christopher Hill analisam esse período como momento que abriu espaço para experiências políticas (república, questionamento do absolutismo) que influenciaram o desenvolvimento de valores liberais e constitucionais posteriores (ver: C. Hill, The World Turned Upside Down).
Por que a alternativa A é correta: porque identifica a execução como um momento decisivo que desestabilizou o princípio do direito divino e contribuiu para mudanças políticas que, a médio e longo prazo, favoreceram a emergência de bases liberais (limitação do poder real, maior centralidade de representações políticas). A alternativa capta a natureza simbólica e prática do evento.
Análise das alternativas incorretas:
B — Incorreta. A Câmara dos Comuns já existia; a execução não foi o marco de ingresso dos burgueses na Câmara. Trata-se de uma leitura anacrônica e imprecisa.
C — Incorreta. Os puritanos e a facção parlamentar que conduziram a crise não defendiam o direito divino dos reis; pelo contrário, combateram o absolutismo real. Chamar esse grupo de “liberal” também é problemático anacronicamente.
D — Incorreta. A monarquia parlamentar não foi implantada definitivamente em 1649. Houve a Restauração (1660) e só depois, com a Revolução Gloriosa (1688) e a Bill of Rights (1689), ocorreram limites constitucionais mais duradouros ao poder real.
Dica de prova: foque em palavras-chave do enunciado (ex.: “direito divino”, “execução”, “momento decisivo”) e cheque cronologias antes de aceitar afirmações sobre mudanças “definitivas”. Evite anacronismos ao aplicar termos modernos como “liberal” sem contextualização.
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