A política externa do Governo João Batista Figueiredo (1979-1985) manteve-se próxima à do governo Geisel, tendo apenas uma pequena modificação no campo de atuação e linguagem.

Fonte: ALTEMANI, Henrique. Política externa brasileira. São Paulo: Saraiva, 2005. (Adaptado)

As principais características da política externa do governo citado no texto foram

Segundo a publicação Politize ,de janeiro de 2017, 

“Não é possível dizer que houve uma política externa própria da ditadura militar, no sentido de que as diretrizes da PEB (política externa brasileira) não foram contínuas durante os vinte e um anos de regime (1964-1985). Inclusive, talvez esse seja o período em que seja mais visível o movimento pendular de aproximação-distanciamento em relação aos EUA. Se, num primeiro momento, a ideia de aliado especial da grande potência – americanismo, conforme colocado pela autora Letícia Pinheiro – pautava a maior parte das ações brasileiras do exterior, após meados da década de 1970 – principalmente após o governo do general Geisel (1974-1979) – a ideia de universalismo volta à pauta da agenda externa brasileira, em consonância com um projeto de desenvolvimento nacional" 

Além disso, os choques do petróleo, a partir de 1974, levaram à necessidade de revisão de propostas, projetos e parceiros comerciais, quando algumas diretrizes da política externa independente de Jânio Quadros e João Goulart foram retomadas. Quando se trata de política externa brasileira é possível estabelecer que, no governo Geisel, há um momento de transformação, assim como houve durante a direção de Rio Branco. Fora dele a lenta mas segura mudança de orientação da política bilateral Brasil – Grã Bretanha para Brasil – Estados Unidos. 

Entre as alternativas há a indicação das características básicas da política externa brasileira do governo Figueiredo, em consonância com aquela do governo Geisel .

A) INCORRETA- Multilateralismo pode ser entendido como uma característica do governo Geisel em diante mas a integração regional é posterior no tempo. 

B) INCORRETA- Neoliberalismo não define uma proposta de política externa enquanto tal, assim como “ autonomia pela distância" não se entende como paradigma de análise de política externa. 

C) INCORRETA- Há, a partir do governo Geisel, uma busca de novos parceiros comerciais, mas não exatamente asiáticos. E a construção do Mercosul não é deste período histórico. 

D) CORRETA - A política externa brasileira torna-se , por conta das questões da década de 1970, pragmática . E, a busca de novos parceiros comerciais leva à uma aproximação com outros países em desenvolvimento, entre eles países africanos de língua portuguesa. 

E) INCORRETA- O ideal de desenvolvimentismo existiu desde o governo Vargas e a cooperação bilateral com EUA marcou por longo tempo a política externa brasileira.