Questão df9be9dd-ab
Prova:PUC - SP 2015
Disciplina:História
Assunto:Demandas políticas e sociais no mundo atual, História Geral, Questões Internacionais: história do tempo presente
"Uma epidemia fora de controle preocupa até quem está a quilômetros de distância, do outro lado do oceano. O atual surto de ebola que ocorre na África se espalha rapidamente sem respeitar fronteiras nacionais e já é o maior da história. Na Guiné, na Libéria, em Serra Leoa e na Nigéria, já fez mais de 1.700 vítimas e provocou 932 mortes em menos de um mês. Mas será que a doença pode chegar ao Brasil?"
Sofia Moutinho. “Ebola: motivo de
preocupação no Brasil?”, in , Ciência Hoje
14.08.2014.
http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/
A partir do mapa, do texto e de seus conhecimentos, pode-se afirmar que
"Uma epidemia fora de controle preocupa até quem está a quilômetros de distância, do outro lado do oceano. O atual surto de ebola que ocorre na África se espalha rapidamente sem respeitar fronteiras nacionais e já é o maior da história. Na Guiné, na Libéria, em Serra Leoa e na Nigéria, já fez mais de 1.700 vítimas e provocou 932 mortes em menos de um mês. Mas será que a doença pode chegar ao Brasil?"
Sofia Moutinho. “Ebola: motivo de preocupação no Brasil?”, in , Ciência Hoje 14.08.2014. http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/
A partir do mapa, do texto e de seus conhecimentos, pode-se afirmar que
Sofia Moutinho. “Ebola: motivo de preocupação no Brasil?”, in , Ciência Hoje 14.08.2014. http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/
A partir do mapa, do texto e de seus conhecimentos, pode-se afirmar que
Observe o mapa e leia o texto para responder à questão.
Observe o mapa e leia o texto para responder à questão.
A
o crescimento do número de pessoas infectadas pelo vírus ebola, na África, é resultado da forte expansão econômico- financeira da região
B
a expansão da atual epidemia de ebola na África deve-se à ausência de laboratórios e de centros de tratamento e pesquisa sobre a doença no continente africano.
C
o aumento dos casos registrados de ebola pode ser considerado preocupante, mas ainda não se justifica o desenvolvimento de ações internacionais de combate à doença.
D
a maioria dos recentes casos de ebola ocorreu em países da costa Atlântica da África, mas existe risco de expansão da doença para outras áreas, dentro e fora do continente africano.
E
a febre hemorrágica ebola pode ser tratada e curada cirurgicamente, mas os países que enfrentam os maiores surtos não têm recursos financeiros, nem apoio internacional para atender a população infectada.
Gabarito comentado
Melina Campos LimaProfª de Direito Internacional da UFRJ, Mestra e Doutora em Economia Política Internacional - UFRJ
A expansão do ebola na África não se relaciona com expansão econômico-financeira da região. Os principais países atingidos pelo vírus são extremamente pobres e a falta de recursos para tratar adequadamente dos doentes e alocar propriamente os mortos é uma das principais causas para a expansão expressiva do vírus. A alternativa (A) está errada.
A alternativa (B) está errada. Existem laboratórios e centros de tratamento para o ebola na África, mas o fato de não existir tratamento/cura para a doença, aliado às condições sócioeconômicas precárias dos locais na África onde há a epidemia e à insuficiência de recursos humanos para lidar com a enfermidade colaboraram para que a doença tomasse proporções epidêmicas. Além disso, as características da doença em si, que se dissemina de maneira muito fácil, foi um fator decisivo para a ocorrência da epidemia.
A alternativa (C) está errada. O nível epidêmico que o ebola atingiu na África e a facilidade de transmissão da doença são razões mais do que suficientes para o desenvolvimento de ações internacionais de combate à doença.
A alternativa (D) está certa. Como a mobilidade de pessoas é muito intensa atualmente, um doente, antes de apresentar os sintomas do ebola, pode viajar para outros países e continentes, levando e disseminando o ebola. Por isso, houve atenção redobrada em todos os países do mundo para identificar pessoas com sintomas do ebola que tivessem chegado da região afetada, de modo a tentar conter a disseminação do vírus em escala global.
A alternativa (E) está incorreta. Não é por meio de cirurgia que se cura o ebola. Durante a maior parte do tempo em que a epidemia vigorou em certos países da África, não havia tratamento específico para o vírus. Diante da epidemia e da real possibilidade de ela se alastrar para outros continentes, montou-se uma força-tarefa para pesquisar tratamentos. Desenvolveu-se um medicamento (ZMapp) que teve sucesso nos doentes que o utilizaram, mas não se trata de cirurgia.
A alternativa (B) está errada. Existem laboratórios e centros de tratamento para o ebola na África, mas o fato de não existir tratamento/cura para a doença, aliado às condições sócioeconômicas precárias dos locais na África onde há a epidemia e à insuficiência de recursos humanos para lidar com a enfermidade colaboraram para que a doença tomasse proporções epidêmicas. Além disso, as características da doença em si, que se dissemina de maneira muito fácil, foi um fator decisivo para a ocorrência da epidemia.
A alternativa (C) está errada. O nível epidêmico que o ebola atingiu na África e a facilidade de transmissão da doença são razões mais do que suficientes para o desenvolvimento de ações internacionais de combate à doença.
A alternativa (D) está certa. Como a mobilidade de pessoas é muito intensa atualmente, um doente, antes de apresentar os sintomas do ebola, pode viajar para outros países e continentes, levando e disseminando o ebola. Por isso, houve atenção redobrada em todos os países do mundo para identificar pessoas com sintomas do ebola que tivessem chegado da região afetada, de modo a tentar conter a disseminação do vírus em escala global.
A alternativa (E) está incorreta. Não é por meio de cirurgia que se cura o ebola. Durante a maior parte do tempo em que a epidemia vigorou em certos países da África, não havia tratamento específico para o vírus. Diante da epidemia e da real possibilidade de ela se alastrar para outros continentes, montou-se uma força-tarefa para pesquisar tratamentos. Desenvolveu-se um medicamento (ZMapp) que teve sucesso nos doentes que o utilizaram, mas não se trata de cirurgia.
