Tradicionalmente, diplomatas dos Estados Unidos, dos
países árabes e da União Europeia tentam mediar o conflito de décadas entre Israel e os palestinos. Mas quem também anda viajando pela região é o enviado especial chinês,
Wu Sike, um nome desconhecido em grande parte do Ocidente. Ele já esteve na Arábia Saudita, no Catar, na Jordânia,
no Egito, nos territórios palestinos e em Israel, não só representando os interesses econômicos chineses, mas também
agindo como mediador entre Israel e o Hamas.
(www.folha.uol.com.br, 29.07.2014.)
O interesse da China em estender sua influência econômica
e diplomática no Oriente Médio justifica-se
Gabarito comentado
Tema central: O tema central da questão é a influência da China no Oriente Médio, especialmente motivada por seus interesses econômicos e diplomáticos, tendo como pano de fundo a dependência chinesa do petróleo dessa região.
Explicação didática: Para compreender a alternativa correta, lembre-se: a China é atualmente o maior importador mundial de petróleo. De acordo com dados recentes (2023), o país já passa dos 11 milhões de barris diários importados. A maioria vem justamente dos Estados do Golfo (como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos). Sem petróleo, a China para. Por isso, garantir acesso seguro e contínuo a esse recurso é prioridade nacional.
Na política internacional, a atuação nos conflitos do Oriente Médio faz parte da estratégia de proteger seus interesses energéticos. Quando a China busca mediar disputas ou oferecer cooperação, geralmente objetiva manter a estabilidade regional para não prejudicar o fornecimento de petróleo.
Justificativa da alternativa correta (D): por sua dependência energética das importações de petróleo dos Estados do Golfo. Esta alternativa é a única que explica a motivação real da presença diplomática chinesa na região, alinhada à realidade geopolítica e fundamentada por dados e análises atuais de política internacional.
Análise das alternativas incorretas:
A) Errada. Alimentos do Mediterrâneo não são itens-chave da pauta de importação chinesa.
B) Errada. Cuidado com o termo “imperialista”! A China busca influência, não empreende campanhas de hegemonia política clássica.
C) Errada. Cooperação ambiental existe, mas não é a força motriz do interesse chinês no Oriente Médio.
E) Errada. “Vocação humanitária” é expressão genérica, sem relação com o real motivo da política chinesa para a região.
Estratégia para provas: Fique atento a alternativas que trazem causas reais, palpáveis e atuais para o comportamento dos Estados. Termos vagos (“humanitário”, “científico”) ou referentes a pautas secundárias costumam ser descartáveis em questões de política internacional.
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