O Renascimento retirou da Igreja o monopólio da
explicação das coisas do mundo. Aos poucos, o
método experimental passou a ser o principal
meio de se alcançar o saber científico da realidade.
A verdade racional precisava ser sempre
comprovada na prática, empiricamente
(empirismo). Assim, apesar de a Reforma e a
Contra-Reforma terem freado o ímpeto
renascentista, estavam lançados os fundamentos
que derrubariam definitivamente a escolástica,
fundamentada no misticismo. (VICENTINO, 1997,
p.195).
Um dos confrontos mais expressivos entre o monopólio do
conhecimento da Igreja e o saber científico baseado na
observação racional da natureza, preconizado pelo renascimento
científico, ocorreu com
Gabarito comentado
Resposta: Alternativa D
Tema central: o confronto entre o saber religioso institucional (monopólio explicativo da Igreja) e o saber científico emergente no Renascimento, baseado na observação e experimentação — a chamada Revolução Científica.
Resumo teórico: a passagem da escolástica medieval para o método empírico-científico marcou o fim do monopólio clerical sobre explicações do cosmos. Nicolau Copérnico publicou De revolutionibus orbium coelestium (1543), propondo o heliocentrismo. Galileu Galilei, com observações telescópicas e defesa pública do modelo copernicano, exemplificou o embate: a Igreja julgou a teoria contrária às leituras bíblicas predominantes, culminando no processo e condenação (1633). Esse episódio sintetiza a colisão entre autoridade religiosa e investigação empírica (ver também obras e biografias de Copérnico e Galileu; enciclopédias como Britannica e Stanford Encyclopedia of Philosophy para leitura complementar).
Por que a alternativa D é correta: ela cita explicitamente a formulação heliocêntrica de Copérnico e o aprofundamento por Galileu — casos históricos emblemáticos de conflito entre explicação religiosa tradicional e explicação científica fundada na observação. Esses eventos representam, precisamente, o tipo de confronto descrito no enunciado.
Análise das alternativas incorretas:
A — invenção da pólvora: evento técnico-militar e difusão de tecnologia; não constituiu um embate epistemológico entre Igreja e ciência.
B — descoberta de textos sagrados comprovando criacionismo: contradiz o enunciado, que aponta para o enfraquecimento do monopólio explicativo da Igreja; além disso, não há episódio renascentista que se encaixe nessa descrição.
C — críticas de Michelangelo à arte humanística: confunde história da arte com conflito científico; Michelangelo foi artista do Renascimento, não protagonista de disputa científica com a Igreja.
E — experiências vitoriosas de Leonardo na aviação: Leonardo fez projetos e estudos de voo, mas não realizou “experiências vitoriosas” comprovando capacidade de voar; e essa questão não foi o principal choque entre Igreja e ciência.
Dica de prova: ao ler enunciados sobre “confronto entre Igreja e saber científico”, procure termos como heliocentrismo, Galileu, Copérnico, Observação/experimento. Descarte alternativas que tratem de tecnologia, arte ou achados que não impliquem desafio epistemológico direto ao magistério religioso.
Fontes para aprofundar: Copérnico, De revolutionibus (1543); Galileu, Diálogo (1632); estudos históricos sobre a Revolução Científica e o Caso Galileu — ver artigos da Britannica e Stanford Encyclopedia of Philosophy.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!





