TEXTO 06
Januária, Bonito de Minas, Chapada Gaúcha, Arinos, Urucuia – O buriti que se mira no espelho d’água vai se
firmando mais e mais como um traço do passado retido na memória de antigos moradores, em fotografias e na bela
imagem literária de Guimarães Rosa. (...)
As veredas que mataram a sede do narrador da saga, de Diadorim e Zé Bebelo, hoje agonizam e perdem a capacidade
de armazenar o líquido no período chuvoso para alimentar córregos e rios ao longo do ano (...)
O veredito é trágico. Setenta por cento das veredas estão ameaçadas de desaparecer em curto prazo, continuamente
maltratadas pelas mãos do homem, revela a pesquisadora do Departamento de Biologia da Universidade Estadual de
Montes Claros (Unimontes) Maria das Dores Magalhães Veloso, a Dora, que há oito anos se debruça sobre o tema.
Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2016/10/16/interna_gerais,814549/veredas-de-guimaraes-rosa-agonizam-no-interior-deminas-gerais.shtml.
Acesso em 28 abr. 2018. Adaptado.
Ao trazer a notícia, o jornalista Luiz Ribeiro evoca:
TEXTO 06
Januária, Bonito de Minas, Chapada Gaúcha, Arinos, Urucuia – O buriti que se mira no espelho d’água vai se firmando mais e mais como um traço do passado retido na memória de antigos moradores, em fotografias e na bela imagem literária de Guimarães Rosa. (...)
As veredas que mataram a sede do narrador da saga, de Diadorim e Zé Bebelo, hoje agonizam e perdem a capacidade
de armazenar o líquido no período chuvoso para alimentar córregos e rios ao longo do ano (...)
O veredito é trágico. Setenta por cento das veredas estão ameaçadas de desaparecer em curto prazo, continuamente maltratadas pelas mãos do homem, revela a pesquisadora do Departamento de Biologia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) Maria das Dores Magalhães Veloso, a Dora, que há oito anos se debruça sobre o tema.
Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2016/10/16/interna_gerais,814549/veredas-de-guimaraes-rosa-agonizam-no-interior-deminas-gerais.shtml. Acesso em 28 abr. 2018. Adaptado.
Ao trazer a notícia, o jornalista Luiz Ribeiro evoca:
Gabarito comentado
Comentário sobre a questão:
Esta questão avalia interpretação de texto aliada ao conhecimento literário, especialmente sobre o Modernismo brasileiro e a trajetória de João Guimarães Rosa.
O texto de apoio cita veredas, buriti e personagens como Diadorim e Zé Bebelo, remetendo diretamente à obra “Grande Sertão: Veredas”. Em provas, é crucial identificar palavras-chave e referências contextuais, uma habilidade fundamental sustentada por gramáticos como Bechara: "o bom intérprete procura relações entre texto e conhecimento prévio".
Justificativa da alternativa correta (C):
A alternativa C é a correta porque:
- Menciona exatamente a obra “Grande Sertão: Veredas”, escrita por Guimarães Rosa.
- Associa o autor à terceira fase do Modernismo (pós-1945), momento de inovação estilística e aprofundamento psicológico na literatura.
- Reconhece o regionalismo, explorando a cultura e paisagem do sertão mineiro, elemento central da obra.
Segundo Celso Cunha & Lindley Cintra, identificar o contexto literário da obra “é fundamental para correta interpretação e classificação textual”.
Análise das alternativas incorretas:
- A: Erra ao citar “Noites no Sertão” e classificá-la como obra realista. Não é esse o livro de referência da questão, tampouco tem característica realista no sentido estrito.
- B: Além do erro já citado acima, restringe geograficamente as veredas apenas ao norte mineiro, quando o correto seria considerar o norte e noroeste.
- D: Atribui a Guimarães Rosa uma posição na primeira geração modernista e como escritor de ficção experimental, o que é impreciso. Sua atuação principal é na terceira fase.
Dicas para questões semelhantes:
Sempre relacione trechos do texto com obras e fases literárias; atenção a nomes de personagens, obras e dados históricos. Não confunda títulos de livros nem períodos do Modernismo – esse é um ponto recorrente em pegadinhas!
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