Questão d53aa593-05
Prova:
Disciplina:
Assunto:
Leia os trechos abaixo, retirados do capítulo
Ana Terra, de O continente, da trilogia O
tempo e o vento, de Erico Verissimo.
Maneco Terra era um homem que falava
pouco e trabalhava demais. Severo e sério,
exigia dos outros muito respeito e obediência,
e não admitia que ninguém em casa
discutisse com ele. (...)
D. Henriqueta respeitava o marido, nunca
ousava contrariá-lo. A verdade era que, afora
aquela coisa de terem vindo para o Rio
Grande e umas certas casmurrices, não tinha
queixa dele. Maneco era um homem direito,
um homem de bem, e nunca a tratara com
brutalidade. (...)Mas havia épocas em que não aparecia
ninguém. E Ana só via a seu redor quatro
pessoas: o pai, a mãe e os irmãos. Quanto ao
resto, eram sempre aqueles coxilhões a
perder de vista, a solidão e o vento. Não
havia outro remédio — achava ela — senão
trabalhar para esquecer o medo, a tristeza, a
aflição... Acordava e pulava da cama, mal
raiava o dia. Ia aquentar a água para o
chimarrão dos homens, depois começava a
faina diária: ajudar a mãe na cozinha, fazer
pão, cuidar dos bichos do quintal, lavar a
roupa. Por ocasião das colheitas ia com o
resto da família para a lavoura e lá ficava
mourejando de sol a sol.
Comparando os trechos acima com o conto
Dois guaxos, de Sergio Faraco, considere as
seguintes afirmações.
I - Há confluências entre os dois textos, como
as condições precárias de vida em um
rancho isolado no interior do Rio Grande
do Sul, o nome da irmã de Maninho e seu
envolvimento com um agregado da família.
II - Há semelhanças nas considerações sobre
os maridos, feitas pela mãe de Maninho e
por D. Henriqueta, mãe de Ana Terra.
III- Há o contraste em relação à estrutura
familiar: no romance, pai, mãe e filhos;
no conto, uma família marcada pela
ausência da mãe e pela figura paterna
degradada.
Quais estão corretas?
Leia os trechos abaixo, retirados do capítulo
Ana Terra, de O continente, da trilogia O
tempo e o vento, de Erico Verissimo.
Maneco Terra era um homem que falava
pouco e trabalhava demais. Severo e sério,
exigia dos outros muito respeito e obediência,
e não admitia que ninguém em casa
discutisse com ele. (...)
D. Henriqueta respeitava o marido, nunca
ousava contrariá-lo. A verdade era que, afora
aquela coisa de terem vindo para o Rio
Grande e umas certas casmurrices, não tinha
queixa dele. Maneco era um homem direito,
um homem de bem, e nunca a tratara com
brutalidade. (...)
Mas havia épocas em que não aparecia
ninguém. E Ana só via a seu redor quatro
pessoas: o pai, a mãe e os irmãos. Quanto ao
resto, eram sempre aqueles coxilhões a
perder de vista, a solidão e o vento. Não
havia outro remédio — achava ela — senão
trabalhar para esquecer o medo, a tristeza, a
aflição... Acordava e pulava da cama, mal
raiava o dia. Ia aquentar a água para o
chimarrão dos homens, depois começava a
faina diária: ajudar a mãe na cozinha, fazer
pão, cuidar dos bichos do quintal, lavar a
roupa. Por ocasião das colheitas ia com o
resto da família para a lavoura e lá ficava
mourejando de sol a sol.
Comparando os trechos acima com o conto
Dois guaxos, de Sergio Faraco, considere as
seguintes afirmações.
I - Há confluências entre os dois textos, como
as condições precárias de vida em um
rancho isolado no interior do Rio Grande
do Sul, o nome da irmã de Maninho e seu
envolvimento com um agregado da família.
II - Há semelhanças nas considerações sobre
os maridos, feitas pela mãe de Maninho e
por D. Henriqueta, mãe de Ana Terra.
III- Há o contraste em relação à estrutura
familiar: no romance, pai, mãe e filhos;
no conto, uma família marcada pela
ausência da mãe e pela figura paterna
degradada.
Quais estão corretas?
A
Apenas I.
B
Apenas II.
C
Apenas III.
D
Apenas I e III.
E
I, II e III.