Leia o enunciado abaixo.

Em 1989, Fernando Collor de Mello, candidato à presidência da República pelo Partido da Reconstrução Nacional (PRN), foi eleito no segundo turno por defender ........ e prometer atacar a “ineficiência do Estado”, posicionando-se contra a corrupção e atacando os “marajás” e “privilegiados” do serviço público. Entre as principais iniciativas de seu governo, pode-se citar ........ de estatais e ........ de preços e salários. Essas medidas econômicas foram orientações provenientes de um encontro de técnicos do FMI, do BID, do Bando Mundial e de economistas latino-americanos, ocorrido em novembro de 1989, que elaboraram indicações conhecidas como ........ .

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado acima.

Alternativa correta: E

Tema central: trata-se da política econômica pós-1989 no Brasil — a virada liberal liderada por Fernando Collor, inspirada por receitas internacionais (FMI, BID, Banco Mundial) conhecidas como Consenso de Washington.

Resumo teórico e contexto prático: o fim da ditadura e a hiperinflação dos anos 1980 abriram espaço para programas de ajuste. O liberalismo econômico defende menor papel do Estado na economia, privatizações, abertura comercial e controle fiscal. Em 1990 Collor implementou medidas de choque (congelamento de preços e salários, bloqueio de depósitos bancários e plano de privatizações) alinhadas às orientações do Consenso de Washington (termo de John Williamson, 1990).

Justificativa da alternativa E: ela reúne os elementos corretos: defesa do liberalismo econômico, adoção da privatização de estatais, congelamento (medidas de controle de preços/salários e bloqueio do dinheiro no Plano Collor) e as orientações provenientes do Consenso de Washington. Fontes: John Williamson (1990); manuais de História do Brasil (Fausto; Skidmore) e relatórios sobre o Plano Collor.

Análise das alternativas incorretas:

A) começa bem com liberalismo, mas erra ao dizer “fortalecimento de estatais” (Collor promoveu privatizações, não fortalecimento) e associa ao “Foro de São Paulo” (fórum de esquerda, criação posterior e irrelevante aqui).

B) e C) usam “nacional-estatismo” — oposto do liberalismo adotado por Collor. Em B, “encampação” e “aumento” são incompatíveis com as medidas de desestatização e ajuste. Em C, “indexação” não descreve as medidas centrais e cita “Consenso de Porto Alegre” (inexistente nesse contexto).

D) mistura “desenvolvimentismo” (política do Estado forte) com privatização — incoerente; ainda menciona o “Foro de São Paulo”, que não tem relação com o desenho de 1989–1990.

Dicas de prova: atente-se a palavras-chave no enunciado: “ineficiência do Estado”, “marajás”, instituições internacionais (FMI, BID, Banco Mundial) apontam para modelo neoliberal/Consenso de Washington. Desconfie de alternativas que misturam termos antagônicos (ex.: “nacional‑estatismo” + privatização).

Principais referências: John Williamson, “What Washington Means by Policy Reform” (1990); Fausto, Boris; Skidmore — obras introdutórias sobre Brasil contemporâneo.

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