INSTRUÇÃO: Para responder à questão , leia a
letra A mão da limpeza, de Gilberto Gil, também
interpretada por Chico Buarque de Hollanda.
O branco inventou que o negro
Quando não suja na entrada
Vai sujar na saída, ê
Imagina só
Vai sujar na saída,
ê
Imagina só
Que mentira danada, ê
Na verdade a mão escrava
Passava a vida limpando
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o negro penava, ê
Mesmo depois de abolida a escravidão
Negra é a mão
De quem faz a limpeza
Lavando a roupa encardida, esfregando o chão
Negra é a mão
É a mão da pureza
Negra é a vida consumida ao pé do fogão
Negra é a mão
Nos preparando a mesa
Limpando as manchas do mundo com água e sabão
Negra é a mão
De imaculada nobreza
Na verdade a mão escrava
Passava a vida limpando
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o branco sujava, ê
Imagina só
Eta branco sujão
Com base na letra de Gilberto Gil e na obra de Chico
Buarque de Hollanda, preencha os parênteses com V
(verdadeiro) ou F (falso).
( ) A letra de Gil denuncia o trabalho pesado a que os
negros são submetidos.
( ) Ao mencionar um estereótipo racial, a letra propõe
uma inversão dos papéis sociais, pois quem suja
é o branco e quem limpa, desde a escravidão, é o
negro.
( ) A letra propõe um final racial conciliatório, no qual
o branco ajudará o negro a limpar as roupas encardidas,
o chão e as manchas do mundo.
( ) A peça Gota d´Água, de Chico Buarque e Paulo
Pontes, também tematiza a questão do oprimido,
ao adaptar a tragédia Medeia, de Eurípedes, para
um morro carioca.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses,
de cima para baixo, é
INSTRUÇÃO: Para responder à questão , leia a letra A mão da limpeza, de Gilberto Gil, também interpretada por Chico Buarque de Hollanda.
O branco inventou que o negro
Quando não suja na entrada
Vai sujar na saída, ê
Imagina só
Vai sujar na saída,
ê Imagina só
Que mentira danada, ê
Na verdade a mão escrava
Passava a vida limpando
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o negro penava, ê
Mesmo depois de abolida a escravidão
Negra é a mão
De quem faz a limpeza
Lavando a roupa encardida, esfregando o chão
Negra é a mão
É a mão da pureza
Negra é a vida consumida ao pé do fogão
Negra é a mão
Nos preparando a mesa
Limpando as manchas do mundo com água e sabão
Negra é a mão
De imaculada nobreza
Na verdade a mão escrava
Passava a vida limpando
O que o branco sujava, ê
Imagina só
O que o branco sujava, ê
Imagina só
Eta branco sujão
Com base na letra de Gilberto Gil e na obra de Chico Buarque de Hollanda, preencha os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) A letra de Gil denuncia o trabalho pesado a que os negros são submetidos.
( ) Ao mencionar um estereótipo racial, a letra propõe uma inversão dos papéis sociais, pois quem suja é o branco e quem limpa, desde a escravidão, é o negro.
( ) A letra propõe um final racial conciliatório, no qual o branco ajudará o negro a limpar as roupas encardidas, o chão e as manchas do mundo.
( ) A peça Gota d´Água, de Chico Buarque e Paulo Pontes, também tematiza a questão do oprimido, ao adaptar a tragédia Medeia, de Eurípedes, para um morro carioca.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses,
de cima para baixo, é
Gabarito comentado
Gabarito Comentado – Interpretação de Texto e Crítica Social
Tema central: Esta questão exige interpretação de texto refinada para identificar elementos de crítica social, ironia e referências culturais, além de distinguir o que está explícito e implícito na letra da música e na peça referenciada.
Sobre cada assertiva:
1) Verdadeiro. A letra enfatiza, com variadas expressões (“vida consumida ao pé do fogão”; “passava a vida limpando”), o trabalho pesado e a condição exploratória do negro desde a escravidão. É uma clara denúncia social. Segundo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa), boa interpretação depende da compreensão do contexto histórico e social do texto.
2) Verdadeiro. Aqui opera-se uma inversão irônica: a música ironiza o estigma racista atribuído ao negro, destacando que, na realidade, quem suja é o branco e quem limpa, desde sempre, é o negro. Importante perceber a figura de linguagem presente (ironia), tema bem abordado em “Figuras de Linguagem”, de Fiorin.
3) Falso. Atenção! Pegadinha frequente: o texto não sugere um final conciliatório ou de superação racial. A crítica social permanece até o fim; não há indicativo de mudança ou colaboração, mas sim denúncia contínua da exploração. Para não cair em pegadinhas assim, observe expressões conclusivas e finais do texto (“eta branco sujão”), que mantêm o tom crítico.
4) Verdadeiro. “Gota d’Água” realmente faz uma adaptação moderna de ‘Medeia’, trazendo o drama da opressão para a realidade da população pobre do morro carioca, conforme descrevem Cunha & Cintra na análise de literatura aplicada à Língua Portuguesa. Explorar paralelos literários amplia a visão do aluno sobre temas recorrentes de opressão e resistência.
Alternativa correta: (E) V – V – F – V.
Estrategicamente: Leia com calma, observe palavras de contraste e ironia, e desconfie de assertivas que sugerem finais harmoniosos quando a crítica permanece evidente.
Resumo para provas: Busque o subtexto, fique atento aos marcadores linguísticos e atenção dobrada a pegadinhas de interpretação subjetiva! Referencie sempre autores clássicos (Bechara, Fiorin, Cunha & Cintra) para fundamentar sua leitura.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!






