Leia o texto a seguir.
Dever é a necessidade de uma ação por respeito
à lei. [...] devo proceder sempre de maneira que
eu possa querer também que a minha máxima
se torne uma lei universal.
KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos costumes. Trad. Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1974.
p. 208-209.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria
kantiana do dever, assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir.
Dever é a necessidade de uma ação por respeito à lei. [...] devo proceder sempre de maneira que eu possa querer também que a minha máxima se torne uma lei universal.
KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos costumes. Trad. Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 208-209.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria
kantiana do dever, assinale a alternativa correta.
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema central: trata-se da teoria kantiana do dever e do imperativo categórico — princípio que exige ações por respeito à lei moral e pela possibilidade de universalização das máximas.
Resumo teórico (claro e progressivo): Para Kant, a moralidade não depende das consequências nem da experiência. O que torna uma ação moral é agir por dever, segundo uma máxima que possa ser universalizada — isto é, que se possa querer como lei geral sem contradição. O imperativo categórico formula essa exigência: aja apenas segundo aquela máxima que possas ao mesmo tempo querer que se torne lei universal (Fundamentação da Metafísica dos Costumes, 1785).
Por que B é correta: A alternativa afirma que a obrigação incondicional da lei moral advém do reconhecimento da possibilidade de universalização das máximas. Isso expressa exatamente a estrutura do imperativo categórico kantiano: a obrigação é incondicional (categorical) e fundamenta-se na exigência de que a máxima seja legislável universalmente pela razão prática. Logo, B sintetiza corretamente a teoria kantiana do dever.
Análise das alternativas incorretas:
A — Errada. Afirma fundamento pelas consequências. Isso é consequencialismo (p. ex. utilitarismo). Kant rejeita critérios teleológicos; o valor moral reside na vontade conforme o dever, não nos efeitos.
C — Errada. Kant sustenta que mentir é sempre ilícito moralmente, pois não passa o teste da universalização: uma máxima “mentir quando convém” contradiz a possibilidade de comunicação confiável como lei universal.
D — Errada. A moral kantiana é a priori e não derivada da experiência ou costumes. Experiências informam usos, não a validade da lei moral que é produto da razão prática.
E — Errada. O imperativo categórico não "escolhe entre estímulos" à vontade; ele fornece a forma da lei moral (o dever) que delimita o que a razão prática deve exigir. Não é um critério psicologista sobre motivações.
Dica de prova (estratégia): Busque termos-chave: "universalizável", "incondicional", "efeitos/resultado", "experiência". Palavras como "sempre", "incondicional" e menções à universalização tendem a indicar Kant; referências a consequências apontam para correntes contrárias.
Fontes: Immanuel Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1785); Stanford Encyclopedia of Philosophy — entry “Kant's Moral Philosophy”.
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