O movimento tropicalista, consagrador de diversos músicos brasileiros, está relacionado historicamente

O tropicalismo foi um movimento cultural que buscou reinventar as artes brasileiras, nas suas mais diversas expressões, durante a década de 1960. No âmbito musical, os artistas que participaram desse movimento se destacaram por romper com grupos nacionalistas ligados aos setores de esquerda. Além disso, eles também se distinguiram por fundir elementos da cultura brasileira com estilos musicais internacionais, como o rock. Considerando o que foi exposto, a opção “a” está incorreta, porque o tropicalismo coincidiu com a entrada da televisão nos lares brasileiros, a partir da década de 1950, e não da internet, que ocorreu apenas nos anos 90. A opção “c” também está incorreta, visto que esse movimento se posicionou de forma contrária em relação à Jovem Guarda – que não era um movimento de contestação ao regime –, propondo experimentações no campo musical a partir de uma junção do tradicional e do moderno, e contestando os costumes da sociedade burguesa. A letra “d” está incorreta, já que a década de 1970 não correspondeu ao crescimento do movimento estudantil, e sim ao aumento da repressão sobre seus líderes e ativistas. Além disso, enquanto as principais bandeiras desse movimento eram a liberdade democrática e anistia, os músicos associados ao tropicalismo estavam mais preocupados em questionar a moral e os costumes que guiavam a sociedade brasileira, não produzindo, portanto, músicas engajadas, que pudessem ser utilizada como arma nas lutas políticas travadas na época. A opção “e” também está incorreta, considerando que esse movimento musical se diferenciava da Bossa Nova, na medida em que buscava universalizar a música brasileira, aproximá-la dos grupos mais jovens, além de ter incorporado a guitarra elétrica do rock e ter como uma de suas características a irreverência. A opção correta, portanto, é a letra “b”, visto que o tropicalismo coincidiu com a expansão do rádio e da TV, além de ter incorporado elementos que estavam sendo discutidos por grupos de vanguarda em diversos âmbitos, como nas artes plásticas, e proporem mudanças comportamentais e estéticas que também poderiam ser entendidas como instrumentos sociais de mudança.