Eu juro, por Apolo médico, por Esculápio, Hígia e Panacea,
e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas,
cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que
se segue:
Estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta
arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar
meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la,
sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar
dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus
filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os
regulamentos da profissão, porém, só a estes.
Os conhecimentos sobre o desenvolvimento do saber, ao longo
do tempo histórico, e a análise do trecho do Juramento de
Hipócrates, acima descrito, permitem afirmar:
Eu juro, por Apolo médico, por Esculápio, Hígia e Panacea, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue:
Estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.
Os conhecimentos sobre o desenvolvimento do saber, ao longo do tempo histórico, e a análise do trecho do Juramento de Hipócrates, acima descrito, permitem afirmar:
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa D
Tema central: relação entre momentos históricos (Antiguidade, Idade Média, Renascimento, mundo islâmico, Reforma) e o desenvolvimento do conhecimento médico. A questão exige reconhecer quem estimulou ou freou a valorização da razão e da cultura clássica — especialmente à luz do Juramento de Hipócrates (tradição grega que valoriza ensino, ética e transmissão do saber).
Resumo teórico: - O Juramento de Hipócrates (V–IV a.C., Hippocratic Corpus) representa a tradição médica clássica, com ênfase em ética, ensino e transmissão racional do saber. - A cultura renascentista (séculos XIV–XVI) resgatou a antiguidade clássica, valorizou o antropocentrismo e a razão, fomentando avanços em anatomia, cirurgia e método científico — contribuindo para o progresso da medicina (ver Encyclopaedia Britannica; Porter, "The Greatest Benefit to Mankind").
Justificativa da alternativa D: O Renascimento buscou inspiração na cultura clássica e valorizou o homem e a razão, o que estimulou estudo direto de textos antigos (incluindo medicina grega), dissecação, experimentação e instituições de ensino — fatores que impulsionaram a medicina moderna. Assim, afirmar que o Renascimento contribuiu para o progresso da medicina é correta e coerente com a história das ciências.
Análise das alternativas incorretas: A — Incorreta: o quadro “Idade das Trevas” é exagerado; embora a Europa medieval tenha tido influência teocêntrica, houve continuidade do saber (mosteiros, escolas cathedralícias) e recebimento de conhecimentos via tradução árabe. B — Incorreta: a mitologia grega não foi em si obstáculo; a medicina hipocrática e galênica buscou explicações racionais para doenças, distinguindo mitos de práticas clínicas. C — Incorreta: o mundo islâmico clássico (séculos VIII–XIII) promoveu a preservação e avanço do saber (Traduções, hospitais, Avicena, Al-Razi), ampliando medicina e comércio, não promovendo obscurantismo. E — Incorreta: a Reforma trouxe conflitos religiosos, mas não pode ser responsabilizada como causa direta de retrocesso científico generalizado; em alguns contextos houve estímulo à leitura direta das fontes e críticas à autoridade, com efeitos complexos.
Dica de prova: identifique termos-chave (ex.: “valorização do homem e da razão” → Renascimento). Desconfie de alternativas absolutistas que apresentam “sempre” ou que generalizam grandes períodos como totalmente negativos.
Fontes sugeridas: Hippocratic Corpus; Encyclopaedia Britannica (entries: Renaissance, Islamic Golden Age); Porter, Richard — The Greatest Benefit to Mankind.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!





