Esta música é um samba de Adoniran Barbosa e menciona o Brás, um bairro
situado na cidade de São Paulo.
O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás
Nós fumos não encontremos ninguém
Nós voltermos com uma baita de uma reiva
Da outra vez nós num vai mais
No outro dia encontremo com o Arnesto
Que pediu desculpas mais nós não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa
Mas você devia ter ponhado um recado na porta
Um recado assim ói: “Ói, turma, num deu pra esperá
A duvido que isso, num faz mar, num tem importância,
Assinado em cruz porque não sei escrever”.
(http://goo.gl/QXibH. Acesso: 01/11/2012. Adaptado.)
Considerando que a nossa forma de falar, além de ser determinada pela situação
comunicativa em que estamos inseridos, pode representar nossa origem sociocultural, o
locutor do texto é representado por um
Esta música é um samba de Adoniran Barbosa e menciona o Brás, um bairro situado na cidade de São Paulo.
O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás
Nós fumos não encontremos ninguém
Nós voltermos com uma baita de uma reiva
Da outra vez nós num vai mais
No outro dia encontremo com o Arnesto
Que pediu desculpas mais nós não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa
Mas você devia ter ponhado um recado na porta
Um recado assim ói: “Ói, turma, num deu pra esperá
A duvido que isso, num faz mar, num tem importância,
Assinado em cruz porque não sei escrever”.
(http://goo.gl/QXibH. Acesso: 01/11/2012. Adaptado.)
Considerando que a nossa forma de falar, além de ser determinada pela situação
comunicativa em que estamos inseridos, pode representar nossa origem sociocultural, o
locutor do texto é representado por um
Gabarito comentado
Tema central da questão: Variação linguística e reconhecimento da oralidade no texto. A análise envolve a capacidade de identificar registros diferentes de língua portuguesa — norma padrão versus fala popular —, conteúdo recorrente em provas de vestibular.
Alternativa correta: D) sujeito que narra uma situação em um linguajar marcado pela oralidade.
A alternativa D é correta pois o texto apresenta características nitidamente orais, sendo típico da linguagem coloquial das camadas populares paulistanas.
Expressões como “fumos”, “voltermos”, “num vai mais”, “ponhado” evidenciam desvios da norma padrão e uso de construções espontâneas, próprias da oralidade informal e da variação linguística regional.
Segundo Evanildo Bechara, “a linguagem coloquial caracteriza-se por construção sintática simples, elipses, abolição de formas flexionadas e uso expressivo da fonética popular.”
No texto, a opção D reconhece quem narra: alguém imerso na oralidade e no modo de falar popular.
Análise das alternativas incorretas:
A) Adolescente que apresenta, na escola, um seminário sobre a vida cotidiana
Em contexto escolar formal, espera-se o uso da norma padrão. A linguagem usada na música não corresponde ao esperado em apresentações acadêmicas.
Erro: desalinhamento entre expectativa comunicativa e o registro empregado.
B) Estrangeiro que fala pouco o português e se encontra numa situação informal
Apesar da linguagem “fora da norma”, o texto evidencia variações regionais — não erros típicos de estrangeiros, como trocas de tempo verbal por desconhecimento do idioma.
C) Homem que usa a norma padrão da língua para escrever uma redação
O registro está claramente distante da norma culta; apresenta flexões e formas não aceitas em redações formais.
Dica para provas: Sempre observe marcadores de oralidade, construções sintáticas e vocabulário escolhido: são indícios diretos do grau de formalidade e da variedade linguística!
Portanto, a alternativa D sintetiza corretamente quem é o locutor do texto, tendo em vista as marcas de oralidade e variação popular na linguagem empregada.
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