A obra de Ariano Suassuna inclui os gêneros lírico,
narrativo e dramático. No entanto, é no gênero
dramático, particularmente nas comédias, que a sua
obra se destaca. Dentre as suas obras dramáticas,
uma é a mais encenada: Auto da Compadecida. Sobre
essa obra, pode-se afirmar que:
Gabarito comentado
Tema central da questão: Interpretação de texto e análise de coerência textual aplicada ao enunciado e às alternativas, com foco no conhecimento da obra "O Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna.
Justificativa da alternativa correta (D):
A alternativa D é a correta porque reflete fielmente as origens de O Auto da Compadecida. Ariano Suassuna construiu sua obra com forte inspiração em romances de cordel e em histórias populares do Nordeste. Segundo a norma-padrão da interpretação textual, deve-se privilegiar a alternativa cujo conteúdo se mostre consistente com informações explícitas e tácitas da obra. Isso também está em conformidade com o que é recomendado em gramáticas e manuais de referência, como Celso Cunha & Lindley Cintra, que defendem a análise atenta de dados factuais do texto ou da tradição literária.
Análise das alternativas incorretas:
A) Incorreta. A peça não se passa no século XIX e nem há menção histórica à seca de 1875. Trata-se de uma ambientação intencionalmente imprecisa, ligada ao universo mítico nordestino.
B) Errada. João Grilo e Chicó são melhores amigos, e não inimigos. Sua relação de amizade e parceria é central para a comicidade da peça.
C) Inexata. O julgamento celestial não tem o Palhaço entre os réus. Os julgados são João Grilo, o padeiro, sua esposa e outros “personagens canalhas”, não incluindo o Palhaço nem Manuel.
E) Imprecisa. Embora o Palhaço atue como narrador, não é personagem de destaque central. A função dele é introduzir e fechar a narrativa.
Estratégias e atenção para provas:
Para resolver questões desse tipo:
– Leia atentamente o enunciado e ative seu conhecimento prévio sobre a obra ou tema abordado.
– Desconfie de detalhes específicos “demais” sobre datas e fatos históricos não explicitamente tratados na obra.
– Elimine alternativas que distorcem relações entre personagens ou papéis narrativos.
– Atenção a afirmações exageradas ou que deturpam a essência de personagens e temas.
Resumo da regra: Pela norma-padrão, uma excelente interpretação textual exige domínio do conteúdo literário, atenção à coerência interna do texto e análise de informações implícitas e explícitas, conforme defendem Bechara e Cunha & Cintra.
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