Os verdadeiros valores éticos, independentemente de
quaisquer sistemas em que se integrem, são aqueles
que:
Gabarito comentado
Alternativa correta: A
1. Tema central
A questão trata de valores éticos e do critério que lhes confere validade universal. É preciso distinguir posições como universalismo racional (valores válidos para todos e sempre) de perspectivas subjetivistas, teleológicas ou culturais.
2. Resumo teórico
Na tradição do direito natural e do racionalismo moral (ex.: Tomás de Aquino; Immanuel Kant — Fundamentação da Metafísica dos Costumes), os verdadeiros valores éticos são reconhecidos pela reta razão e possuem caráter perene e universal. Em contraste, teorias relativistas ou teleológicas vinculam a ética à realização individual, cultural ou transcendente.
3. Por que a alternativa A está correta
A descreve valores que cada pessoa percebe na própria consciência como perenes, universais e pautados pela reta razão. Esses termos sintetizam justamente a concepção racional-universalista de moralidade — fundamento de correntes clássicas da ética normativa (direito natural e kantiana). Assim, A corresponde ao critério filosófico de validade ética universal.
4. Análise das alternativas incorretas
B — reduz os valores ao que permite a realização social; é uma visão funcional/teleológica (ética comunitarista/utilitarista parcial), não afirma universalidade racional.
C — trata valores como instrumentos para realização espiritual/psíquica: visão subjetiva/psicológica, que conflita com a ideia de valores universais objetivos.
D — aponta sinais transcendentais e destino além do mundo material: mistura ética com teologismo/escatologia, não com a justificativa racional-universal de validade ética.
E — limita a ética ao caminho para realização científica e cultural: é reducionista e instrumentaliza a ética a fins específicos, sem afirmar perenidade e universalidade racionais.
5. Estratégias para provas
- Procure palavras-chave: "perene", "universal", "reta razão" → indicam universalismo racional.
- Desconfie de alternativas que tratam a ética como meio para fins particulares (realização psíquica, científica, social) ou que apanham transcendência religiosa sem referência à razão.
Fontes recomendadas: Immanuel Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes; Tomás de Aquino, Suma Teológica; manuais de ética e introdução à filosofia moral.
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