O discurso do gigantismo do Estado brasileiro e o processo de desmonte, resultante das privatizações, ocorreram de forma mais
intensa no governo de
As ações trabalhistas estão em primeiro lugar no ranking dos processos em trâmite no Brasil, que somam mais de 71
milhões. E mesmo com uma estrutura judiciária que custa R$ 70 bilhões por ano, apenas 14% das ações costumam
ser resolvidas. “As demais seguem sem solução, congestionadas”. [...] Além de não atender minimamente aos interesses
do País, principalmente do setor produtivo, a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) [...] cria ameaças sérias a
empresas dos mais diversos portes e atividades. (BRASIL TEVE... 2016).
Gabarito comentado
Resposta correta: E - Fernando Henrique Cardoso
Tema central: a questão pede que você reconheça o período em que o discurso contra o “gigantismo do Estado” e o processo mais intenso de privatizações ocorreram no Brasil. É uma questão de História contemporânea/política econômica que exige identificar a década e o governo associado à onda privatizante.
Resumo teórico: após a redemocratização e a Constituição de 1988 houve debates sobre o papel do Estado na economia. Nos anos 1990 a agenda neoliberal ganhou força, defendendo redução do Estado, privatizações e flexibilização do mercado de trabalho. O período mais marcado por privatizações em escala nacional foi o governo Fernando Henrique Cardoso (1995–2002), com operações notórias como a venda da Vale (1997) e a cisão/privatização do sistema Telebrás (1998).
Justificativa da alternativa correta: o enunciado associa “desmonte” ao processo de privatizações intensas. Embora iniciativas de privatização tenham surgido antes, a fase mais intensa e institucionalizada ocorreu no governo FHC, que implementou políticas de abertura, desestatização e reformas estruturais visando reduzir o “tamanho do Estado”. Fontes de referência: relatórios do BNDES e estudos do IPEA sobre privatizações na década de 1990, além da bibliografia sobre reformas neoliberais no Brasil.
Análise das alternativas incorretas:
A - Jânio Quadros: governo curto (1961) sem programa de privatizações; era marcado por instabilidade política.
B - João Goulart: (1961–1964) governou com agenda de reformas de base e maior presença do Estado, não de desmonte privatizante.
C - Emílio Garrastazu Médici: (1969–1974) período de crescimento econômico com forte atuação do Estado e grandes obras estatais — o oposto de privatizações intensas.
D - José Sarney: (1985–1990) foi governo de transição e enfrentou crise e planos de estabilização; não é associado à onda principal de privatizações que se aprofundou nos anos 1990.
Dica de prova: identifique palavras-chave do enunciado ("privatizações", "desmonte do Estado", "gigantismo") e conecte-as ao período histórico mais compatível. Cruzar o contexto (década de 1990; políticas neoliberais) evita pegadinhas.
Principais fontes sugeridas: relatórios do BNDES e IPEA sobre privatizações; obras sobre a política econômica brasileira nos anos 1990 (análises de economia política e história contemporânea).
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