Leia o enunciado a seguir e as reescritas sugeridas.I. “pensara quão distantes uns dos outros vivem os homens” (texto 2, linha 14).II. “pensara como os homens vivem distantes uns dos outros”.III. “pensara que vivem os homens distantes uns dos outros”.A análise dos termos destacados leva a concluir que:
Gabarito comentado
Tema central: Esta questão aborda interpretação de texto e semântica relacionada ao grau dos adjetivos, mais especificamente o valor superlativo atribuído à expressão “quão distantes” e a relação da posição do adjetivo com seu significado.
Análise da alternativa correta – B:
A alternativa B está correta porque, na frase “pensara quão distantes uns dos outros vivem os homens”, o termo “quão distantes” expressa intensidade máxima, funcionando como superlativo absoluto analítico do adjetivo “distantes”. Segundo a gramática tradicional (Cegalla; Cunha & Cintra), o advérbio “quão” atua como intensificador, conferindo à expressão um valor superlativo de distanciamento.
Pela norma-padrão, quando se emprega quão para intensificar o adjetivo, a ordem das palavras (o adjetivo vindo antes do substantivo ou pronome) é obrigatória, pois “quão” modifica diretamente o adjetivo: “quão distantes (estão) uns dos outros”. Alterar essa estrutura, como nas outras alternativas sugeridas, desfaz o valor superlativo originalmente expresso.
Análise das alternativas incorretas:
A) Incorreta. O valor de intensidade não está presente apenas no termo I, pois nas demais reescritas há variação semântica, e a intensidade não permanece inalterada.
C) Incorreta. No termo III não há construção superlativa, e o verbo “viver” não precisa ser anteposto para garantir sentido.
D) Incorreta. O termo III tem sentido descritivo, e não expressa intensidade combinada a função adjetiva.
E) Errada. O termo II apresenta a forma comum do adjetivo (“distantes”), sem valor de intensidade ou função adverbial; aqui, caracteriza o substantivo, sem intensificadores.
Resumo da Estratégia: Para questões sobre grau do adjetivo, fique atento aos advérbios de intensidade (“quão”, “tão”, “muito”) e à obrigatoriedade da ordem sintática. O Manual de Redação da Presidência da República reforça o uso da norma culta e da clareza na construção frasal — assim, alterando-se a ordem ou retirando o intensificador, perde-se o valor superlativo.
Dica para provas: Sempre sublinhe e analise advérbios ou estruturas que marquem intensidade. Substituições ou deslocamentos do adjetivo mudam o grau ou o valor semântico — uma pegadinha clássica em vestibulares!
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