Questão a378fc11-b9
Prova:UNIVESP 2019
Disciplina:Português
Assunto:Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com o texto, é correto afirmar que a participação feminina na construção da história

Leia o texto para responder a questão.

O apagamento da mulher na história e/ou a diminuição do seu papel eram tidos como “naturais” e só, e passaram a ser percebidos como problema há pouco tempo. Uma situação da qual nos damos conta aos poucos, percebendo que, nos relatos oficiais, nós, as mulheres, sumimos e, quando mencionadas, aparecemos apenas em papéis coadjuvantes – amantes, esposas, mães, enfim, como um detalhe pitoresco e de menor relevância da narrativa.
[...]
Mesmo em relação à Revolução Francesa, detalhada, descrita e narrada ad nauseam nos últimos duzentos anos, raramente se menciona a existência de Olympe de Gouges, que em 1791 escreveu a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, além de peças teatrais que explicavam os princípios da Revolução Francesa à enorme massa de analfabetos, nem Sophie de Condorcet e tantas outras.  Desse jeito ficamos sem acesso a uma parte importante da nossa memória, das origens que nos constituíram enquanto sociedade, porque pouco ou nada conhecemos sobre figuras como Dandara dos Palmares, Luísa Mahin, Mariana Crioula, Myrthes Campos, Alzira Soriano, Nísia da Silveira. Ou então são desqualificadas como figuras tristes, loucas ou más.
Essa desqualificação, aliás, é uma constante. 
Um país que nasceu de um decreto assinado por uma mulher, onde a escravidão foi extinta por lei assinada também por uma mulher, a primeira escola pública gratuita foi instituída por uma mulher, a primeira greve geral foi iniciada por mulheres, operárias da indústria têxtil de São Paulo, não tem como contar sua história por inteiro excluindo as mulheres da narrativa e dos registros oficiais.
<https://tinyurl.com/y4jkkkou> Acesso em: 31.05.2019. Adaptado.

A
foi reconhecida há tempos, pois a luta de mulheres, mesmo no âmbito doméstico, sempre foi importante.
B
foi problematizada há pouco tempo, diante da constatação da segregação das mulheres a papéis secundários.
C
é naturalmente reconhecida por seu protagonismo, em parceria com os homens, nos processos histórico-sociais.
D
foi, inicialmente, marcada pela participação de personagens femininas secundárias, como Carlota Joaquina e Princesa Isabel.
E
é reconhecida desde a Revolução Francesa, movimento desencadeado pela atuação indireta de mulheres como Olympe de Gouges e Shophie de Condorcet.

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