Marque C, se a proposição é certo;  E, se a proposição é errado.

Kant defendeu que o Imperativo Categórico indica uma lei moral emanada de Deus.

Resposta correta: E — Errado.

Tema central: a questão verifica se você sabe a fonte da lei moral em Kant: se ela é autônoma (da razão prática) ou heterônoma (provida por autoridade externa, como Deus). Esse ponto é frequente em provas de filosofia porque distingue ética deontológica kantiana de concepções teístas ou teonomistas.

Resumo teórico conciso: Para Kant, a moralidade funda‑se na razão prática. O Imperativo Categórico é uma fórmula que expressa uma lei moral universal válida independentemente de inclinações ou consequências. Fórmula canônica: “Age somente segundo aquela máxima que possas ao mesmo tempo querer que se torne lei universal.” A autoridade da lei moral é a autonomia da vontade — a capacidade de legislar para si pelo uso da razão — e não a vontade divina. Kant discute isso em "Groundwork of the Metaphysics of Morals" (Fundamentação da Metafísica dos Costumes) e na "Crítica da Razão Prática".

Por que a alternativa E é correta: A afirmação dada é falsa porque atribui ao Imperativo Categórico uma origem teísta. Kant nega que a moral dependa de um comando divino (heteronomia). Embora Kant admita, em outro nível, a utilidade prática da ideia de Deus como postulado para garantir a relação entre virtude e felicidade, isso não significa que a lei moral emane de Deus. A lei moral emana da razão do próprio agente — daí a ênfase na autonomia e no respeito pela própria razão prática.

Análise da alternativa incorreta (C — certo): Marcar “Certo” equivaleria a confundir duas coisas distintas: (1) a exigência racional do dever (Imperativo Categórico) e (2) um mandato divino. Essa confusão falha por ignorar a tese central kantiana da autonomia moral. Portanto, “Certo” é inadequado.

Dica de prova: Ao ver termos como “emanada de Deus”, faça o teste: Kant fala em autonomia ou heteronomia? Se for autonomia → resposta tende a negar origem divina. Cite a "Fundamentação..." como referência.

Fontes recomendadas: Immanuel Kant, Groundwork of the Metaphysics of Morals (1785); Critique of Practical Reason (1788). Para revisão, consultar comentários introdutórios (ex.: Onora O'Neill, Christine Korsgaard).

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