Marque C, se a proposição é certo;  E, se a proposição é errado.


Santo Agostinho opôs-se ao Maniqueísmo, ao considerar que não existe um mal absoluto.

Resposta correta: C — certo

Tema central: a oposição de Santo Agostinho ao maniqueísmo e sua concepção do mal. É importante para provas porque relaciona história da filosofia, teologia e a solução agostiniana para o problema do mal.

Resumo teórico (claro e progressivo):

O maniqueísmo defendia um dualismo radical: duas substâncias coeternas e opostas — o Bem (luz) e o Mal (trevas) — como princípios ativos. Agostinho, ex-maniqueu, rompeu com essa visão e afirmou que o mal não é uma substância independente. Para ele, o mal é privatio boni — uma privação ou corrupção do bem, isto é, ausência de plena bondade na criatura ou na ação.

Elementos-chave da posição agostiniana: mal = privação do bem; Deus é princípio supremo e bom; o mal resulta do uso incorreto do livre-arbítrio das criaturas, não de uma força independente.

Fontes relevantes: Obras de Agostinho — Confessions, De libero arbitrio, Enchiridion; estudos e referências modernas: Stanford Encyclopedia of Philosophy (entrada “Augustine”) e Internet Encyclopedia of Philosophy (entrada “Manichaeism” / “Augustine”).

Justificativa da alternativa correta:

Como ex-maniqueu, Agostinho passou a criticar o dualismo maniqueísta e a negar que exista um mal absoluto ou substancial. Sua tese da privatio boni afirma que o que chamamos de mal é falta ou defeito em relação ao bem, não uma realidade ontológica equivalente ao bem. Logo, a proposição de que “Santo Agostinho opôs‑se ao Maniqueísmo, ao considerar que não existe um mal absoluto” está correta.

Análise da alternativa incorreta (E — errado):

Essa alternativa falha porque contradiz o posicionamento histórico e filosófico de Agostinho: ele rejeitou justamente a ideia de um princípio mau absoluto, tornando verdadeira a afirmação inicial.

Dica para questões semelhantes: ao ver termos como “Maniqueísmo” e “mal absoluto”, associe imediatamente a crítica agostiniana da substancialidade do mal (privatio boni) — é uma pista clássica em provas.

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