Considere as afirmações a seguir:
I. O título, no texto 3, chama a atenção do leitor
não só pelo emprego de letras grandes, em
forma de manchete, mas também pela
alusão a um topônimo.
II. A utilização de pontos de vista antagônicos
na elaboração da mensagem, no texto 3,
finda por enfraquecer a estratégia de
convencimento do autor.
III. No texto 4, o autor reconhece um desejo
comum aos indivíduos e critica o
comportamento coletivo em relação à
tomada de posição para realizá-lo.
IV. O texto 4 oscila entre o depoimento de
caráter autobiográfico e o testemunho crítico
da realidade.
Estão corretas:
Leia os textos a seguir para responder a questão. (Para facilitar a leitura, as legendas estão reproduzidas logo abaixo do texto 3.)
Texto 3
Revista Trip. Editora Trip. Ano 24, nº 198, abril de 2011,p. 92.
Legendas:
① “Tudo tem limites, também a tolerância,pois nem tudo vale neste mundo. Os profetas de ontem e de hoje sacrificaram suas vidas porque ergueram sua voz e tiveram a coragem de dizer: ‘não te é permitido fazer o que fazes’. Há situações em que a tolerância significa cumplicidade com o crime, omissão culposa,insensibilidade ética ou comodismo. (...) Onde estão então os limites da tolerância?No sofrimento, nos direitos humanos e nos direitos da natureza. Lá onde as pessoas são desumanizadas, ali termina a tolerância.Ninguém tem o direito de impor sofrimento injusto ao outro.”Leonardo Boff
② “Meio Ambiente não é religião, não é dogma, não é reserva de mercado. Não concordaremos mais com o autoritarismo ambiental.”Kátia Abreu, senadora (DEM/GO), apelidada de Miss Desmatamento, em resposta ao código florestal defendido pelo Ibama.
③ Esta é uma árvore ocupada em 1996 na
região de Berkshire, Inglaterra. Parte de um dos
maiores protestos da história europeia. Para
construir a estrada de Newbury, as empreiteiras
devastariam mais de 120 acres de árvores de
grande porte. Por três meses, 7 mil pessoas
bloquearam estradas, acamparam na mata e
causaram um prejuízo estimado em 24 milhões
de libras. Oitocentas pessoas foram presas, o
exército mobilizado e a estrada, enfim,
construída.
Texto 4
Todos nós desejamos viver em um mundo
melhor, mais pacífico, mais fraterno e ecológico.
O problema é que as pessoas sempre esperam
que esse mundo melhor comece no outro. É
comum ouvir pessoas dizendo que têm boa
vontade para ajudar, mas, como ninguém as
convida para nada, nem se organizam, então
não podem contribuir como gostariam para um
mutirão de limpeza da rua, por exemplo, ou
para o plantio de árvores. Pessoas assim
acabam achando mais fácil reclamar que
ninguém faz nada ou que a culpa é do
“sistema”, dos governantes ou empresas, mas
sem perguntar se estão fazendo a parte que
lhes cabe.
Por outro lado, é importante não ficar
esperando a perfeição individual - pois isso é
inatingível. O fato de adquirirmos consciência
ambiental não nos faz perfeitos. O importante é
que tenhamos o compromisso de ser melhores
todo dia, procurando sempre nos superar.
BERNA, Vilmar. A mudança começa em nós. In:Páginas
Abertas, A. 27, nº11, 2001, p.44 (Adaptado).
Kátia Abreu, senadora (DEM/GO), apelidada de Miss Desmatamento, em resposta ao código florestal defendido pelo Ibama.
Texto 4
Todos nós desejamos viver em um mundo melhor, mais pacífico, mais fraterno e ecológico. O problema é que as pessoas sempre esperam que esse mundo melhor comece no outro. É comum ouvir pessoas dizendo que têm boa vontade para ajudar, mas, como ninguém as convida para nada, nem se organizam, então não podem contribuir como gostariam para um mutirão de limpeza da rua, por exemplo, ou para o plantio de árvores. Pessoas assim acabam achando mais fácil reclamar que ninguém faz nada ou que a culpa é do “sistema”, dos governantes ou empresas, mas sem perguntar se estão fazendo a parte que lhes cabe.
Por outro lado, é importante não ficar esperando a perfeição individual - pois isso é inatingível. O fato de adquirirmos consciência ambiental não nos faz perfeitos. O importante é que tenhamos o compromisso de ser melhores todo dia, procurando sempre nos superar.
BERNA, Vilmar. A mudança começa em nós. In:Páginas
Abertas, A. 27, nº11, 2001, p.44 (Adaptado).