Quando os autores falam em “ato de filosofar”,
entendem tratar-se
Gabarito comentado
Alternativa correta: C
Tema central: o enunciado trata do "ato de filosofar" — isto é, da atividade intelectual pela qual o ser humano procura compreender o sentido e a estrutura do ser e da realidade por meio do raciocínio. Esse tema é recorrente em metafísica e filosofia da linguagem/ontologia.
Resumo teórico: filosofar consiste em análise conceitual e investigação racional sobre questões fundamentais (o ser, o conhecimento, o valor). Autores clássicos: Platão e Aristóteles estabeleceram o uso da razão e da argumentação; Kant criticou os limites da razão; Heidegger reabriu a pergunta pelo sentido do ser. Fontes úteis: Aristóteles, Metafísica; Kant, Crítica da Razão Pura; Heidegger, Ser e Tempo.
Por que a alternativa C é correta? A alternativa C diz que filosofar é "a tentativa de atingir o significado mais profundo de cada ser existente, ou possível de existir, usando apenas um método estritamente racional". Isso coincide com a concepção filosófica clássica de investigação racional sobre o sentido/essência das coisas (investigação ontológica e conceitual). Em provas, essa formulação indica corretamente o caráter reflexivo e racional do ato filosófico — a busca do significado último mediante argumentação e análise conceitual.
Análise das alternativas incorretas:
A: Apresenta a filosofia como busca de "saída definitiva" para aspirações de felicidade — mais próximo de uma promessa teleológica ou religiosa; filosofia pode tratar da eudaimonia, mas não reduz-se a uma receita definitiva de felicidade.
B: Fala em "busca interior solitária" e em alcançar "verdade científica dos fatos, transcendendo experimentos" — confunde filosofia com ciência ou misticismo; filosofia não se limita à subjetividade solitária nem pretende substituir método científico empírico.
D: Reduz o filosofar a desvendar "realidades ocultas nos mitos, lendas e dogmas" — isso descreve trabalho mitológico ou hermenêutico religioso, não a investigação racional crítica típica da filosofia.
E: Foca no "esforço por encontrar a finalidade última de cada ato" — é uma visão teleológica e normativa excessivamente restrita; filosofia investiga finalidades, mas não se confina a justificar a finalidade de cada ato humano.
Dica de prova: procure o enunciado que descreve o caráter racional, crítico e conceitual do filosofar. Desconfie de alternativas que usem termos absolutos como "definitiva", "apenas" ou reduzam a filosofia a misticismo, autopiedade solitária ou a função exclusiva de guiar para felicidade.
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