Silogismo. Essa palavra, que na origem significava cálculo, era empregada por Platão como raciocínio em geral e foi adotada por Aristóteles para indicar o tipo perfeito do raciocínio dedutivo, definido como um discurso em que, postas algumas coisas, outras se seguem necessariamente.

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Trad. Benedetti, I. C. São Paulo: Martins Fontes, 2003. (Adaptado)

Considerando-se a definição de silogismo, assinale a alternativa que indica sua interpretação correta.

Resposta correta: Alternativa C

Tema central: trata-se do silogismo, conceito clássico da lógica dedutiva (Aristóteles). É importante distinguir validez (conclusão decorre logicamente das premissas) de veracidade das premissas — termos frequentemente explorados em provas.

Resumo teórico: segundo Aristóteles (Analíticos Priores) e definições modernas (por ex., Abbagnano), o silogismo é um argumento dedutivo em que, dadas certas premissas, a conclusão segue-se necessariamente. Se o raciocínio é válido e as premissas verdadeiras, a conclusão não pode ser falsa (conceito de soundness: validade + verdade das premissas).

Justificativa da alternativa C: “A conclusão é sempre resultado das premissas” traduz a ideia de que, no silogismo correto, a conclusão decorre logicamente das premissas — ou seja, é consequência necessária delas. Isso está em consonância com a definição apresentada no enunciado (postas algumas coisas, outras se seguem necessariamente).

Análise das alternativas incorretas:

A — Incorreta: numa inferência válida a conclusão não pode contrariar as premissas; se contradissesse, o argumento seria inválido ou as premissas inconsistentes.

B — Incorreta: silogismos clássicos geram conclusões categóricas (não apenas hipotéticas). Há formas hipotéticas na lógica, mas não é a característica exclusiva do silogismo aristotélico.

D — Incorreta: a dedução é exatamente o método aplicável ao silogismo categórico — o silogismo é um tipo de dedução.

Estratégia para prova: busque palavras-chave do enunciado como “necessariamente”, “decorre”, “postas algumas coisas”; contraste validade e verdade para evitar pegadinhas; se a alternativa afirma contradição entre premissas e conclusão, desconfie.

Fontes: Aristóteles, Analíticos Priores; ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia.

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