A Santa Aliança, coalizão entre Rússia, Prússia
e Áustria, criada em setembro de 1815, após
a derrota de Napoleão Bonaparte, tinha por
objetivo político
Gabarito comentado
Alternativa correta: D
Tema central: a Santa Aliança (setembro de 1815) insere‑se no contexto do pós‑Napoleônico e do Concert of Europe. Foi uma coalizão de potências conservadoras (Rússia, Áustria, Prússia) que buscava restabelecer e preservar a ordem monárquica na Europa, combatendo as ideias revolucionárias e liberais surgidas com a Revolução Francesa.
Resumo teórico: após o Congresso de Viena (1814–1815) as grandes potências desejaram evitar novas revoluções. A Santa Aliança serviu como instrumento ideológico e político para:
- reprimir movimentos liberais e nacionalistas;
- manter a legitimidade das monarquias e o status quo dinástico;
- colaborar em intervenções internas quando regimes parecessem ameaçados (ex.: apoio a intervenções conservadoras nas décadas seguintes).
Justificativa da alternativa D: “combater e prevenir a expansão dos ideais republicanos e revolucionários franceses em toda a Europa” expressa precisamente o objetivo conservador e antirrevolucionário da Santa Aliança. Palavras‑chave: combater, prevenir, ideais revolucionários — correspondem ao programa político das potências aliadas.
Análise das alternativas incorretas:
- A – Invertida: a Aliança não promovia ideais republicanos; fazia exatamente o oposto.
- B – Incorreta: tratar de recolonização ibérica ou apoio às independências latino‑americanas não fazia parte da agenda da Santa Aliança; essas independências ocorreram, em grande parte, apesar da política metropolita e fora do âmbito da Aliança.
- C – Incorreta: afirma lutar contra a expansão do absolutismo monárquico; novamente o oposto — a Aliança apoiava o absolutismo e a autoridade monárquica.
- E – Incorreta: a Aliança foi criada após a derrota de Napoleão e visava impedir retornos revolucionários; não tinha objetivo de restaurar Napoleão.
Dica de prova: busque termos como prevenir, combater, conservar, monarquia, antirrevolucionário. Eles costumam identificar alternativas corretas sobre o papel das potências no pós‑1815.
Fontes recomendadas: Eric Hobsbawm, The Age of Revolution; documentos do Congresso de Viena; obras sobre Metternich e o Concert of Europe.
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