Por que as pessoas fazem o bem? A bondade está programada no nosso cérebro ou se desenvolve com a experiência?
O psicólogo Dacher Keltner, diretor do Laboratório de Interações Sociais da Universidade da Califórnia, em Berkeley,
investiga essas questões por vários ângulos e apresenta resultados surpreendentes.
Keltner – O nervo vago é um feixe neural que se origina no
topo da espinha dorsal. Quando ativo, produz uma sensação de
expansão confortável no tórax, como quando estamos emocionados com a bondade de alguém ou ouvimos uma bela música.
Pessoas com alta ativação dessa região cerebral são mais propensas a desenvolver compaixão, gratidão, amor e felicidade.
Mente & Cérebro – O que esse tipo de ciência o faz pensar?
Keltner – Ela me traz esperanças para o futuro. Que nossa cultura se torne menos materialista e privilegie satisfações
sociais como diversão, toque, felicidade que, do ponto de vista
evolucionário, são as fontes mais antigas de prazer. Vejo essa
nova ciência em quase todas as áreas da vida. Ensina-se meditação em prisões e em centros de detenção de menores. Executivos
aprendem que inteligência emocional e bom relacionamento podem fazer uma empresa prosperar mais do que se ela for focada
apenas em lucros.
(www.mentecerebro.com.br. Adaptado.)
De acordo com a abordagem do cientista entrevistado, as virtudes morais e sentimentos agradáveis
Por que as pessoas fazem o bem? A bondade está programada no nosso cérebro ou se desenvolve com a experiência? O psicólogo Dacher Keltner, diretor do Laboratório de Interações Sociais da Universidade da Califórnia, em Berkeley, investiga essas questões por vários ângulos e apresenta resultados surpreendentes.
Keltner – O nervo vago é um feixe neural que se origina no topo da espinha dorsal. Quando ativo, produz uma sensação de expansão confortável no tórax, como quando estamos emocionados com a bondade de alguém ou ouvimos uma bela música. Pessoas com alta ativação dessa região cerebral são mais propensas a desenvolver compaixão, gratidão, amor e felicidade.
Mente & Cérebro – O que esse tipo de ciência o faz pensar?
Keltner – Ela me traz esperanças para o futuro. Que nossa cultura se torne menos materialista e privilegie satisfações sociais como diversão, toque, felicidade que, do ponto de vista evolucionário, são as fontes mais antigas de prazer. Vejo essa nova ciência em quase todas as áreas da vida. Ensina-se meditação em prisões e em centros de detenção de menores. Executivos aprendem que inteligência emocional e bom relacionamento podem fazer uma empresa prosperar mais do que se ela for focada apenas em lucros.
(www.mentecerebro.com.br. Adaptado.)
De acordo com a abordagem do cientista entrevistado, as virtudes morais e sentimentos agradáveis
Gabarito comentado
Resposta correta: D
Tema central: O trecho trata da origem das virtudes morais e dos sentimentos agradáveis — se são puramente inatos ou fruto da experiência — à luz da neurociência social (ex.: pesquisa de Dacher Keltner sobre o nervo vago).
Resumo teórico breve: Pesquisas em neurociência social mostram predisposições biológicas (p. ex. ativação do nervo vago, ligada a compaixão e vínculo) que coexistem com moldagem cultural e prática (meditação, educação emocional). Conceitos relevantes: predisposição inata vs. plasticidade social; teoria polivagal (Stephen Porges) e estudos de Keltner sobre emoções sociais.
Justificativa da alternativa D: O entrevistado afirma que certas respostas (sensação causada pela ativação do nervo vago) são biologicamente fundamentadas, mas também observa que cultura e práticas (meditação, educação emocional nas prisões, relações empresariais) podem estimular e desenvolver essas qualidades. Logo, são qualidades inatas passíveis de estímulo social — exatamente o sentido da alternativa D.
Análise das alternativas incorretas:
A — “integração holística com o universo”: linguagem mística não aparece no argumento científico apresentado; é irrelevante.
B — “processos emocionais inconscientes”: embora emoções envolvam processos automáticos, o texto enfatiza estruturas neurais e estímulos sociais, não apenas o inconsciente. A opção é parcial e redutora.
C — “educação religiosa”: o entrevistado cita meditação e cultura emocional, não ensino religioso; assim, é excessivamente restritiva.
E — “educação filosófica racionalista”: o foco é em emoções e neurobiologia social, não no ensino racionalista ou filosófico.
Dica de interpretação: Ao responder, identifique palavras-chave que indiquem natureza (inata/biológica) e possibilidade de mudança (cultura/estimulação). Se o autor menciona uma base neural e a eficácia de práticas culturais, prefira alternativas que combinem ambos (inato + estímulo social).
Fontes/leituras recomendadas: textos de Dacher Keltner (UC Berkeley) sobre emoções sociais; Stephen Porges, teoria polivagal; artigos de revisão em neurociência social e divulgação científica (ex.: Mente & Cérebro).
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