Questão 91bb1292-af
Prova:
Disciplina:
Assunto:
Todo aquele que perseguisse um animal que estivesse amamentando corria o risco de ver Anhangá [...].
Se a frase apresentada for reescrita trocando-se perseguisse, que
está no pretérito imperfeito do modo subjuntivo, por perseguir,
futuro do mesmo modo, as formas estivesse e corria assumirão,
por correlação de modos e tempos, as seguintes flexões:
Todo aquele que perseguisse um animal que estivesse amamentando corria o risco de ver Anhangá [...].
Se a frase apresentada for reescrita trocando-se perseguisse, que
está no pretérito imperfeito do modo subjuntivo, por perseguir,
futuro do mesmo modo, as formas estivesse e corria assumirão,
por correlação de modos e tempos, as seguintes flexões:
Instrução: A questão toma por base uma
passagem de um livro de José Ribeiro sobre o folclore nacional.
Curupira
Na teogonia* tupi, o anhangá, gênio andante, espírito andejo ou vagabundo, destinava-se a proteger a caça do campo. Era
imaginado, segundo a tradição colhida pelo Dr. Couto de Magalhães, sob a figura de um veado branco, com olhos de fogo. Todo aquele que perseguisse um animal que estivesse amamentando corria o risco de ver Anhangá e a visão determinava
logo a febre e, às vezes, a loucura. O caapora é o mesmo tipo
mítico encontrado nas regiões central e meridional e aí representado por um homem enorme coberto de pelos negros por todo
o rosto e por todo o corpo, ao qual se confiou a proteção da caça
do mato. Tristonho e taciturno, anda sempre montado em um
porco de grandes dimensões, dando de quando em vez um grito
para impelir a vara. Quem o encontra adquire logo a certeza
de ficar infeliz e de ser mal sucedido em tudo que intentar. Dele
se originaram as expressões portuguesas caipora e caiporismo,
como sinônimo de má sorte, infelicidade, desdita nos negócios.
Bilac assim o descreve: “Companheiro do curupira, ou sua duplicata, é o Caapora, ora gigante, ora anão, montado num caititu, e cavalgando à frente de varas de porcos do mato, fumando
cachimbo ou cigarro, pedindo fogo aos viajores; à frente dele
voam os vaga-lumes, seus batedores, alumiando o caminho”. Ambos representam um só mito com diferente configuração e a mesma identidade com o curupira e o jurupari, numes
que guardam a floresta. Todos convergem mais ou menos para
o mesmo fim, sendo que o curupira é representado na região
setentrional por um “pequeno tapuio” com os pés voltados para
trás e sem os orifícios necessários para as secreções indispensáveis à vida, pelo que a gente do Pará diz que ele é músico. O
Curupira ou Currupira, como é chamado no sul, aliás erroneamente, figura em uma infinidade de lendas tanto no norte como
no sul do Brasil. No Pará, quando se viaja pelos rios e se ouve
alguma pancada longínqua no meio dos bosques, “os romeiros
dizem que é o Curupira que está batendo nas sapupemas, a ver
se as árvores estão suficientemente fortes para sofrerem a ação
de alguma tempestade que está próxima. A função do Curupira é
proteger as florestas. Todo aquele que derriba, ou por qualquer
modo estraga inutilmente as árvores, é punido por ele com a
pena de errar tempos imensos pelos bosques, sem poder atinar
com o caminho de casa, ou meio algum de chegar até os seus”.
Como se vê, qualquer desses tipos é a manifestação de um só
mito em regiões e circunstâncias diferentes.
(O Brasil no folclore, 1970.)
(*) Teogonia, s.f.: 1. Filos. Doutrina mística relativa ao nascimento dos
deuses, e que frequentemente se relaciona com a formação do mundo. 2.
Conjunto de divindades cujo culto forma o sistema religioso dum povo
politeísta. (Dicionário Aurélio Eletrônico – Século XXI.)
Instrução: A questão toma por base uma
passagem de um livro de José Ribeiro sobre o folclore nacional.
Curupira
Na teogonia* tupi, o anhangá, gênio andante, espírito andejo ou vagabundo, destinava-se a proteger a caça do campo. Era
imaginado, segundo a tradição colhida pelo Dr. Couto de Magalhães, sob a figura de um veado branco, com olhos de fogo.
Todo aquele que perseguisse um animal que estivesse amamentando corria o risco de ver Anhangá e a visão determinava
logo a febre e, às vezes, a loucura. O caapora é o mesmo tipo
mítico encontrado nas regiões central e meridional e aí representado por um homem enorme coberto de pelos negros por todo
o rosto e por todo o corpo, ao qual se confiou a proteção da caça
do mato. Tristonho e taciturno, anda sempre montado em um
porco de grandes dimensões, dando de quando em vez um grito
para impelir a vara. Quem o encontra adquire logo a certeza
de ficar infeliz e de ser mal sucedido em tudo que intentar. Dele
se originaram as expressões portuguesas caipora e caiporismo,
como sinônimo de má sorte, infelicidade, desdita nos negócios.
Bilac assim o descreve: “Companheiro do curupira, ou sua duplicata, é o Caapora, ora gigante, ora anão, montado num caititu, e cavalgando à frente de varas de porcos do mato, fumando
cachimbo ou cigarro, pedindo fogo aos viajores; à frente dele
voam os vaga-lumes, seus batedores, alumiando o caminho”.
Ambos representam um só mito com diferente configuração e a mesma identidade com o curupira e o jurupari, numes
que guardam a floresta. Todos convergem mais ou menos para
o mesmo fim, sendo que o curupira é representado na região
setentrional por um “pequeno tapuio” com os pés voltados para
trás e sem os orifícios necessários para as secreções indispensáveis à vida, pelo que a gente do Pará diz que ele é músico. O
Curupira ou Currupira, como é chamado no sul, aliás erroneamente, figura em uma infinidade de lendas tanto no norte como
no sul do Brasil. No Pará, quando se viaja pelos rios e se ouve
alguma pancada longínqua no meio dos bosques, “os romeiros
dizem que é o Curupira que está batendo nas sapupemas, a ver
se as árvores estão suficientemente fortes para sofrerem a ação
de alguma tempestade que está próxima. A função do Curupira é
proteger as florestas. Todo aquele que derriba, ou por qualquer
modo estraga inutilmente as árvores, é punido por ele com a
pena de errar tempos imensos pelos bosques, sem poder atinar
com o caminho de casa, ou meio algum de chegar até os seus”.
Como se vê, qualquer desses tipos é a manifestação de um só
mito em regiões e circunstâncias diferentes.
(O Brasil no folclore, 1970.)
(*) Teogonia, s.f.: 1. Filos. Doutrina mística relativa ao nascimento dos
deuses, e que frequentemente se relaciona com a formação do mundo. 2.
Conjunto de divindades cujo culto forma o sistema religioso dum povo
politeísta. (Dicionário Aurélio Eletrônico – Século XXI.)
A
estiver e correu.
B
estaria e correria.
C
estará e corria.
D
esteja e correra.
E
estiver e correrá.