Questõessobre Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)
Os versos “O sentir e o desejar / São banidos dessa terra.”
(3a
estrofe) podem ser reescritos, sem prejuízo para o seu sentido e respeitando-se a correção gramatical, da seguinte forma:
“Apesar, contudo, de boa parte da especulação filosófica,
particularmente em nossos dias, parecer confirmar tal ponto
de vista, ele certamente não é verdadeiro.” (2°
parágrafo)
Mantendo-se o significado original e a correção gramatical,
os dois trechos sublinhados podem ser substituídos por:
Considerado o contexto do primeiro parágrafo, o verbo sublinhado indica um acontecimento
habitual, frequente, no passado, na frase:
O trecho “era um homem modesto, disse ao xá” (2º parágrafo) foi construído em discurso indireto. Ao se adaptar
tal trecho para o discurso direto, o verbo “era” assume a
seguinte forma:
Considere, em seu contexto, o trecho abaixo extraído do texto:
Até então acreditava-se que os recursos naturais eram
infinitos e que os impactos causados pelo homem
eram facilmente revertidos pela natureza. Assim, discutir o futuro do planeta não parecia ser relevante.
(1°
parágrafo)
Analise as afirmativas abaixo em relação ao texto:
1. O vocábulo “que”, em suas duas ocorrências,
introduz orações subordinadas coordenadas
entre si, as quais complementam o verbo
acreditar.
2. A expressão “Até então” funciona como conector, estabelecendo uma relação semântica de
conclusão.
3. O vocábulo “Assim” funciona como conector,
estabelecendo uma relação semântica de
causalidade.
4. O segmento “não parecia ser relevante” confere força assertiva ao conteúdo expresso por
“discutir o futuro do planeta”.
5. A forma verbal “eram”, em cada uma das ocorrências, pode ser substituída por “fossem”, sem
prejuízo de informação temporal.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas
corretas.
Sociologia Ambiental
O interesse da academia no desenvolvimento de estudos voltados para as questões ambientais é relativamente novo. Só começou a aparecer em meados de 1970, quando o mundo, fortemente influenciado por movimentos ecologistas e ambientalistas nascidos nos EUA, finalmente voltava seus olhos aos desastres ambientais causados pelos homens. Até então acreditava-se que os recursos naturais eram infinitos e que os impactos causados pelo homem eram facilmente revertidos pela natureza. Assim, discutir o futuro do planeta não parecia ser relevante.
Na década de 1990, os estudos voltados para a relação sociedade-natureza deram um grande salto com as contribuições de um dos mais respeitados e conhecidos sociólogos ambientais do mundo: Frederick Howard Buttel. Nascido nos Estados Unidos, Buttel dedicou sua vida acadêmica a compreender as complexas relações entre a sociedade e o ambiente natural. Apontava o caráter ambivalente do homem, que seria parte integrante da paisagem natural, submetido às dinâmicas próprias da natureza e, ao mesmo tempo, agente modificador e criador de novos ambientes. Sobre essa dualidade humana escreveu:
O ser humano, especialidade zoológica da Sociologia, é singular em todo o mundo animal, tanto quanto o é sua capacidade de criar uma cultura e comunicação simbólica. A Sociologia não pode nem deve se tornar um ramo da ecologia comportamental. Mas o ser humano também é uma espécie entre muitas, e é uma parte integral da biosfera. Assim, um entendimento perfeito do desenvolvimento histórico e do futuro das sociedades humanas se torna problemático quando se deixa de considerar o substrato ecológico e material da existência humana. Esse entendimento é limitado pelo antropocentrismo sociológico. Parece certo que, no futuro, haverá prolongados debates sobre articulação ou isolamento “adequados” entre a Sociologia e a Biologia.
Também na década de 1990, a Sociologia Ambiental ganhou mais contribuições com os estudos do sociólogo, antropólogo e filósofo da ciência, o francês Bruno Latour. Em seu ensaio monográfico Jamais fomos modernos, ele afirma que essa divisão sociedade-natureza seria, na verdade, uma invenção ocidental. Seria um traço característico da modernidade a criação de Constituições que definem e separam o que é humano do não humano, “legalizando” assim essa separação. No entanto, defende ele que na realidade essa separação não existe, porque o homem está em constante mudança em função do meio em que vive, assim como a natureza está em constante mudança em função das vontades humanas. Em outras palavras, o social está submetido ao natural e vice-versa.
RAMOS, V. R. Os caminhos da Sociologia Ambiental. Sociologia. ed.
72. 2017. p. 45-46.[Adaptado]
Assinale a alternativa correta.
Texto para a questão
Considere as seguintes afirmações sobre o texto.
I. O pronome isso (linha 03) refere-se ao que é afirmado anteriormente.
II. A forma verbal sustentariam (linha 08) apresenta um tempo que denota
ideia de possibilidade, de algo possível, mas não efetivamente certo.
III. A partícula si (linha 13) refere-se à expressão inteligência artificial.
Assinale a alternativa correta.
Texto para a questão
Os dois últimos versos trazem a forma verbal no Imperativo Afirmativo, na segunda
pessoa do singular (tu). Se estivessem na
segunda pessoa do plural (vós), teríamos:
Meninos Carvoeiros
Os meninos carvoeiros
Passam a caminho da cidade.
- Eh, carvoeiro!
E vão tocando os animais com um relho enorme.
Os burros são magrinhos e velhos.
Cada um leva seis sacos de carvão de lenha.
A aniagem é toda remendada.
Os carvões caem.
(Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe, dobrando-se com um gemido.)
- Eh, carvoeiro! Só mesmo estas crianças raquíticas
Vão bem com estes burrinhos descadeirados.
A madrugada ingênua parece feita para eles ...
Pequenina, ingênua miséria!
Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis!
- Eh, carvoeiro!
Quando voltam, mordendo num pão encarvoado.
Encarapitados nas alimárias,
Apostando corrida,
Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos desamparados!
(BANDEIRA, Manuel. Antologia Poética. 10ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1978)
O poema aborda um grave problema social, que é o trabalho infantil. A gravidade do tema está coerente com um dos versos cuja conjugação verbal destoa da aparente descontração dos meninos. Assinale-o.
Meninos Carvoeiros
Os meninos carvoeiros
Passam a caminho da cidade.
- Eh, carvoeiro!
E vão tocando os animais com um relho enorme.
Os burros são magrinhos e velhos.
Cada um leva seis sacos de carvão de lenha.
A aniagem é toda remendada.
Os carvões caem.
(Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe, dobrando-se com um gemido.)
- Eh, carvoeiro! Só mesmo estas crianças raquíticas
Vão bem com estes burrinhos descadeirados.
A madrugada ingênua parece feita para eles ...
Pequenina, ingênua miséria!
Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis!
- Eh, carvoeiro!
Quando voltam, mordendo num pão encarvoado.
Encarapitados nas alimárias,
Apostando corrida,
Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos desamparados!
(BANDEIRA, Manuel. Antologia Poética. 10ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1978)
O poema aborda um grave problema social, que é o trabalho infantil. A gravidade do tema está coerente com um dos versos cuja conjugação verbal destoa da aparente descontração dos meninos. Assinale-o.
Leia as afirmações abaixo e marque “V” para verdadeiro e “F” para falso, entre os parênteses. Depois, assinale
a alternativa correspondente.
( ) Primeiro balão: a expressão “no face” é um adjunto adverbial.
( ) Primeiro balão: a palavra “se” é uma conjunção de condição.
( ) Segundo balão: a locução verbal “vão ter” corresponde ao futuro do presente do indicativo.
( ) Segundo balão: o termo “se” poderia ser substituído, com o mesmo sentido, por “caso”, sem a
necessidade de alteração na conjugação dos verbos.
Leia as afirmações abaixo e marque “V” para verdadeiro e “F” para falso, entre os parênteses. Depois, assinale a alternativa correspondente.
( ) Primeiro balão: a expressão “no face” é um adjunto adverbial.
( ) Primeiro balão: a palavra “se” é uma conjunção de condição.
( ) Segundo balão: a locução verbal “vão ter” corresponde ao futuro do presente do indicativo.
( ) Segundo balão: o termo “se” poderia ser substituído, com o mesmo sentido, por “caso”, sem a
necessidade de alteração na conjugação dos verbos.
Assinale a alternativa correta.
“Vai aí uma dica. Não redistribua nada de forma indiscriminada.” (l. 39)
Assinale a alternativa correta.
“Vai aí uma dica. Não redistribua nada de forma indiscriminada.” (l. 39)
Entre todas as palavras do momento, a mais flamejante
talvez seja desigualdade. E nem é uma boa palavra,
incomoda. Começa com des. Des de desalento, des de
desespero, des de desesperança. Des, definitivamente,
não é um bom prefixo.Desigualdade. A palavra do ano, talvez da década, não
importa em que dicionário. Doravante ouviremos falar
muito nela. De-si-gual-da-de. Há quem não veja nem soletre, mas está
escrita no destino de todos os busões da cidade, sentido
centro/subúrbio, na linha reta de um trem. Solano Trindade,
no sinal fechado, fez seu primeiro rap, “tem gente com
fome, tem gente com fome, tem gente com fome”, somente
com esses substantivos. Você ainda não conhece o
Solano? Corra, dá tempo. Dá tempo para você entender
que vivemos essa desigualdade. Pegue um busão da
Avenida Paulista para a Cidade Tiradentes, passe o valetransporte na catraca e simbora – mais de 30 quilômetros.
O patrão jardinesco vive 23 anos a mais, em média, do que
um humaníssimo habitante da Cidade Tiradentes, por
todas as razões sociais que a gente bem conhece. Evitei as estatísticas nessa crônica. Podia matar de
desesperança os leitores, os números rendem manchete,
mas carecem de rostos humanos. Pega a visão, imprensa,
só há uma possibilidade de fazer a grande cobertura: mirese na desigualdade, talvez não haja mais jeito de achar
que os pontos da bolsa de valores signifiquem a ideia de
fazer um país.
(Adaptado de Xico Sá, A vidinha sururu da desigualdade brasileira. Em El País,
28/10/2019. Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/28/opinion/1572287747_637859.html?fbclid=IwAR1VPA7qDYs1Q0Ilcdy6UGAJTwBO_snM
DUAw4yZpZ3zyA1ExQx_XB9Kq2qU. Acessado em 25/05/2020.)
Assinale a alternativa que identifica corretamente recursos
linguísticos explorados pelo autor nessa crônica.
Analise as proposições em relação ao conto Os mortos não têm desejos (Roteiro de uma vida
inútil), à obra O conto da mulher brasileira / Edla van Steen (Organizadora), e ao Texto.
I. Nos períodos “Heloísa termina de pendurar o último quadro” (linha 1) e “Não vou ser
nunca o príncipe encantado” (linha 18) as expressões destacadas constituem locuções
verbais e podem ser substituídas por pendura e serei, sequencialmente, sem que ocorra
alteração de sentido no texto.
II. Devido à intercalação dos flashbacks, que mostram a vida da personagem-narradora
Heloisa, na narração dela, há uma visível fragmentação na história, o que leva o leitor à
divagação.
III. Embora a obra seja editada no período moderno, ela traz várias características da
escola romântica, a exemplo, o patriarcalismo – alguns reflexos da ideologia dominante
para mostrar os hábitos esperados pela sociedade e dirigidos às mulheres. E estas, na
maioria dos contos, ainda que mostrem uma sensualidade reprimida, também
continuam sendo objetos da idealização masculina.
IV. No sintagma verbal “De repente, larga a exposição em meio e pega o carro” (linha 7) a
expressão destacada, quanto à morfologia, é locução adverbial, pode ser substituída
pelo advérbio de modo – repentinamente, o qual pode ser deslocado para o final da
oração, sem que ocorra prejuízo de sentido, no texto.
V. A Antologia é composta por 19 contos de autoras que fazem parte do panorama da
literatura brasileira. As protagonistas são mulheres e, na maioria das narrativas,
prepondera um tom intimista, dando preferência à primeira pessoa.
Assinale a alternativa correta.
Analise as proposições em relação ao conto Os mortos não têm desejos (Roteiro de uma vida inútil), à obra O conto da mulher brasileira / Edla van Steen (Organizadora), e ao Texto.
I. Nos períodos “Heloísa termina de pendurar o último quadro” (linha 1) e “Não vou ser nunca o príncipe encantado” (linha 18) as expressões destacadas constituem locuções verbais e podem ser substituídas por pendura e serei, sequencialmente, sem que ocorra alteração de sentido no texto.
II. Devido à intercalação dos flashbacks, que mostram a vida da personagem-narradora Heloisa, na narração dela, há uma visível fragmentação na história, o que leva o leitor à divagação.
III. Embora a obra seja editada no período moderno, ela traz várias características da escola romântica, a exemplo, o patriarcalismo – alguns reflexos da ideologia dominante para mostrar os hábitos esperados pela sociedade e dirigidos às mulheres. E estas, na maioria dos contos, ainda que mostrem uma sensualidade reprimida, também continuam sendo objetos da idealização masculina.
IV. No sintagma verbal “De repente, larga a exposição em meio e pega o carro” (linha 7) a expressão destacada, quanto à morfologia, é locução adverbial, pode ser substituída pelo advérbio de modo – repentinamente, o qual pode ser deslocado para o final da oração, sem que ocorra prejuízo de sentido, no texto.
V. A Antologia é composta por 19 contos de autoras que fazem parte do panorama da literatura brasileira. As protagonistas são mulheres e, na maioria das narrativas, prepondera um tom intimista, dando preferência à primeira pessoa.
Assinale a alternativa correta.
Em qual das alternativas abaixo, o verbo “reparar” está conjugado no mesmo tempo e modo empregado na
seguinte oração: “Não estava certo de que a mulher havia reparado” (linha 13)?
Tantã, da
autora Marie-Aude MURAIL, tradução de Rita Jover, publicado em São Paulo pela editora Comboio
de Corda, em 2009, p. 19-21.
Prevalece, na parte verbal do Texto, o emprego da norma culta da língua. Nesse contexto, é
CORRETO afirmar que
O Texto serve de base para a questão.
Texto
Disponível em: https://redeglobo.globo.com/sp/eptv/eptv-na-escola-ribeirao/noticia/a-leitura-como-aliada-da-boa-redacao.ghtml
No TEXTO 1, observa-se a relação da sociedade com o lixo ao longo do tempo. Para marcar essa história,
o tempo verbal vai mudando conforme o assunto avança até os dias atuais. Indique a alternativa que
analisa CORRETAMENTE o uso dos tempos verbais do modo indicativo destacados em cada trecho.
Luís Fernando Veríssimo, para escrever sua
crônica, utiliza-se, várias vezes, da forma verbal no
imperativo com diferentes funções. No que diz
respeito a esse uso, assinale a afirmação FALSA.
VERÍSSIMO, Luís Fernando. Exigências da vida
moderna. Disponível em:
http://www.refletirpararefletir.com.br/4-cronicas-de-luis-fernando-verissimo. Acesso: 22.06.2018.
Sobre os recursos sintático-semânticos presentes no texto, a
única afirmativa sem suporte gramatical é a que diz respeito
à alternativa
Sobre o poema, é correto afirmar:
ANDRADE, Carlos Drummond de. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar,
1964. p. 70.