Questão 8d1182a7-d8
Prova:
Disciplina:
Assunto:
As informações apresentadas permitem concluir corretamente que o objetivo do editorial é
As informações apresentadas permitem concluir corretamente que o objetivo do editorial é
Leia o texto para responder às questão de número
Drogas e mortes
As taxas de homicídios dolosos e de mortes de trânsito
no Brasil, é notório, situam o país entre os mais violentos do
planeta. No ano passado, registraram-se quase 56 mil assassinatos intencionais, ou 27 por 100 mil habitantes. Em 2016,
pelo dado mais recente, 38 mil vidas foram ceifadas em ruas
e estradas nacionais, cerca de 19 por 100 mil.
Diante dessa carnificina cotidiana, deve-se exigir das
autoridades nada menos que a busca de estratégias mais
efetivas para a prevenção desses óbitos. Países desenvolvidos, já há algumas décadas, passaram a adotar com sucesso
políticas públicas ancoradas em evidências empíricas. Nem
sempre é o que ocorre por aqui, no entanto.
Tome-se o exemplo da associação entre a ingestão de álcool
e o aumento da violência interpessoal (homicídios e agressões)
e dos acidentes de trânsito. Embora a relação esteja bem estabelecida na literatura da área, praticamente inexistem no país
dados sobre o consumo da substância pelas vítimas.
Estudo recente conduzido por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP e noticiado por esta Folha jogou
luz sobre tal questão na cidade de São Paulo.
Os pesquisadores analisaram amostras de sangue de
365 vítimas de crimes violentos. Constatou-se que, em 55%
dos casos, havia traços de álcool ou outras drogas.
Também entre as vítimas de acidentes de trânsito analisadas no trabalho, chama a atenção o alto percentual de
casos (43%) que mostraram resquícios de álcool no sangue.
Embora o país conte há uma década com severa legislação sobre o tema, a taxa indica que o diploma deveria ser
mais efetivo em seu propósito. Leis como essa não devem ter
a meta de apreender transgressores, mas de criar a percepção
de que aqueles que a infringirem serão pegos e punidos.
O estudo deveria servir de exemplo para que o país invista na geração contínua de dados como esses. Assim será
possível identificar as causas dos problemas, avaliar a efetividade das políticas públicas adotadas e orientar a formulação
de novas estratégias.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 20.10.2018. Adaptado)
Leia o texto para responder às questão de número
Drogas e mortes
As taxas de homicídios dolosos e de mortes de trânsito
no Brasil, é notório, situam o país entre os mais violentos do
planeta. No ano passado, registraram-se quase 56 mil assassinatos intencionais, ou 27 por 100 mil habitantes. Em 2016,
pelo dado mais recente, 38 mil vidas foram ceifadas em ruas
e estradas nacionais, cerca de 19 por 100 mil.
Diante dessa carnificina cotidiana, deve-se exigir das autoridades nada menos que a busca de estratégias mais efetivas para a prevenção desses óbitos. Países desenvolvidos, já há algumas décadas, passaram a adotar com sucesso políticas públicas ancoradas em evidências empíricas. Nem sempre é o que ocorre por aqui, no entanto.
Tome-se o exemplo da associação entre a ingestão de álcool e o aumento da violência interpessoal (homicídios e agressões) e dos acidentes de trânsito. Embora a relação esteja bem estabelecida na literatura da área, praticamente inexistem no país dados sobre o consumo da substância pelas vítimas.
Estudo recente conduzido por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP e noticiado por esta Folha jogou luz sobre tal questão na cidade de São Paulo.
Os pesquisadores analisaram amostras de sangue de 365 vítimas de crimes violentos. Constatou-se que, em 55% dos casos, havia traços de álcool ou outras drogas.
Também entre as vítimas de acidentes de trânsito analisadas no trabalho, chama a atenção o alto percentual de casos (43%) que mostraram resquícios de álcool no sangue.
Embora o país conte há uma década com severa legislação sobre o tema, a taxa indica que o diploma deveria ser mais efetivo em seu propósito. Leis como essa não devem ter a meta de apreender transgressores, mas de criar a percepção de que aqueles que a infringirem serão pegos e punidos.
O estudo deveria servir de exemplo para que o país invista na geração contínua de dados como esses. Assim será possível identificar as causas dos problemas, avaliar a efetividade das políticas públicas adotadas e orientar a formulação de novas estratégias.
Diante dessa carnificina cotidiana, deve-se exigir das autoridades nada menos que a busca de estratégias mais efetivas para a prevenção desses óbitos. Países desenvolvidos, já há algumas décadas, passaram a adotar com sucesso políticas públicas ancoradas em evidências empíricas. Nem sempre é o que ocorre por aqui, no entanto.
Tome-se o exemplo da associação entre a ingestão de álcool e o aumento da violência interpessoal (homicídios e agressões) e dos acidentes de trânsito. Embora a relação esteja bem estabelecida na literatura da área, praticamente inexistem no país dados sobre o consumo da substância pelas vítimas.
Estudo recente conduzido por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP e noticiado por esta Folha jogou luz sobre tal questão na cidade de São Paulo.
Os pesquisadores analisaram amostras de sangue de 365 vítimas de crimes violentos. Constatou-se que, em 55% dos casos, havia traços de álcool ou outras drogas.
Também entre as vítimas de acidentes de trânsito analisadas no trabalho, chama a atenção o alto percentual de casos (43%) que mostraram resquícios de álcool no sangue.
Embora o país conte há uma década com severa legislação sobre o tema, a taxa indica que o diploma deveria ser mais efetivo em seu propósito. Leis como essa não devem ter a meta de apreender transgressores, mas de criar a percepção de que aqueles que a infringirem serão pegos e punidos.
O estudo deveria servir de exemplo para que o país invista na geração contínua de dados como esses. Assim será possível identificar as causas dos problemas, avaliar a efetividade das políticas públicas adotadas e orientar a formulação de novas estratégias.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 20.10.2018. Adaptado)
A
questionar os resultados do estudo conduzido pela Faculdade de Medicina da USP, uma vez que os dados coletados não permitem uma associação entre aumento da
violência e uso de drogas ou álcool.
B
mostrar a problemática do trânsito no Brasil, com base nos
estudos da Faculdade de Medicina da USP, enfatizando
que, apesar da diminuição dos casos de morte em acidentes em relação a anos anteriores, a situação ainda é
preocupante.
C
criticar o governo pela falta de incentivo a pesquisas que,
assim como o estudo da Faculdade de Medicina da USP,
permitam entender efetivamente a relação entre uso de
drogas e álcool e aumento da violência.
D
discutir, à luz de estudos da Faculdade de Medicina da
USP, os perigos decorrentes do uso de drogas ou de álcool, que funcionam como potencializadores de homicídios e mortes no trânsito.
E
posicionar-se de forma contrária ao estudo promovido
pela Faculdade de Medicina da USP, uma vez que a
relação entre violência e uso de drogas e álcool está
bem estabelecida na literatura da área.
Gabarito comentado
Isabel VegaMestra em Letras na UFRJ, Coordenadora e Professora Aposentada de Português do Colégio Pedro II-RJ