Atividade importante nas Minas Gerais, já no século XVIII e, sobretudo, no XIX, a agricultura foi um dos principais esteios da projeção que a elite mineira alcançaria no Período Imperial e no início da República.
Com base nessa informação, é CORRETO afirmar que
Com base nessa informação, é CORRETO afirmar que
Gabarito comentado
Resposta correta: A
Tema central: a transformação econômica de Minas Gerais entre os séculos XVIII e XIX, com ênfase no papel da agricultura na trajetória da elite provincial. É preciso relacionar mudança estrutural (declínio da mineração) à reorientação para atividades agropecuárias e à inserção em mercados regionais e nacionais.
Resumo teórico: com o declínio relativo do ciclo do ouro, parte da elite mineira diversificou sua base econômica: produção de gêneros alimentícios para consumo urbano e regional, pecuária e, já no século XIX, expansão da cafeicultura, especialmente na Zona da Mata. Esse processo não foi uniformemente monocultor nem resultado de forte intervenção estatal, mas de adaptações locais e de captação de mercados internos (ver Caio Prado Jr.; Celso Furtado; Boris Fausto).
Justificação da alternativa A: A descreve corretamente a dinâmica: produção variada de alimentos e posterior incorporação do café, o que ampliou os mercados para além do local, alcançando circuitos regionais e o mercado nacional. Isso explica a crescente projeção política e econômica da elite mineira no Império.
Análise das incorretas:
- B: afirma criação já no século XVIII de uma sólida rede financeira e do “Banco da Lavoura”. É anacrônica: o Banco da Lavoura de Minas Gerais só surge no século XX (déc. 1920) e, no período colonial/imperial, o crédito era informal e fragmentado.
- C: fala em estrutura monocultora e inserção prioritária no mercado internacional de capitais. Minas teve, de modo geral, perfil agrícola diversificado (alimentar e pecuário) e só parte da província desenvolveu plantios de exportação; classificar toda a elite mineira como promotora de monocultura é exagero e distorce o processo.
- D: atribui ao estado investimentos massivos em armazenagem e pioneirismo em agroindústria. Na prática, a modernização e infraestrutura logísticas foram tardias e pulverizadas; o protagonismo foi, em grande medida, privado e regional, não estatal.
Dica de prova: cheque cronologia (século XVIII vs XIX/XX), identifique termos-chave (“diversificação” vs “monocultura”, “Banco da Lavoura”), e prefira alternativas que dialoguem com processos históricos amplos em vez de afirmações muito específicas e anacrônicas.
Fontes sugeridas: Caio Prado Jr., Formação do Brasil Contemporâneo; Celso Furtado, Formação Econômica do Brasil; Boris Fausto, História do Brasil.
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