ASSOCIE corretamente a coluna das figuras de linguagem à coluna que contém trechos de canções que compõem o álbum Estudando o Samba, de Tom Zé.
1. Hipérbole – Ênfase em alguma ideia, juízo ou sentimento por meio do exagero.
2. Paranomásia – Utilização de palavras diferentes para compor sons semelhantes.
3. Paradoxo – Utilização simultânea de ideias opostas.
4. Antonomásia – Designação de algo ou alguém por alguma característica atribuída a si.
( )“Eu tô te explicando pra te confundir,
Eu tô te confundindo pra te esclarecer,
Tô iluminando pra poder cegar,
Tô ficando cego pra poder guiar.”
(Élton Medeiros; Tom Zé. Tô)
( )“Dorme dorme
Meu pecado
Minha culpa
Minha salvação”
(Élton Medeiros; Tom Zé. Mãe (mãe solteira)
( )”Ah! Se maldade vendesse na farmácia
Que bela fortuna você faria
Com esta cobaia
Que eu sempre fui nas tuas mãos”
(Tom Zé. Se)
( )“Só lhe chamando
Solicitando
Sólidão”
(Tom Zé. Só (Solidão)
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Gabarito comentado
Tema central: Figuras de linguagem. A questão avalia a capacidade do candidato de reconhecer e relacionar figuras de linguagem — paradoxo, antonomásia, hipérbole e paranomásia — a exemplos textuais. Esse conteúdo exige conhecimento interpretativo e domínio da terminologia, além da identificação da função expressiva desses recursos linguísticos.
Alternativa correta: C) 3 – 4 – 1 – 2
Justificativa das associações:
1. “Eu tô te explicando pra te confundir (...), tô iluminando pra poder cegar”
Trata-se de um paradoxo: ideias opostas (“explicar/confundir”, “iluminando/cegar”) em convivência, gerando contradição lógica. Isso caracteriza a figura conforme Bechara (2009): “confronto explícito de ideias incompatíveis no mesmo contexto”.
2. “Dorme dorme, meu pecado, minha culpa, minha salvação”
Aqui há antonomásia: identificação indireta do filho por características (“meu pecado”, “minha culpa”), substituindo o nome próprio por atributos simbólicos.
3. “Ah! Se maldade vendesse na farmácia, que bela fortuna você faria (...)"
O exagero (“que bela fortuna”) em uma situação impossível aproxima-se da hipérbole, conforme Cunha & Cintra: intensificação além do real para efeito expressivo.
4. “Só lhe chamando, solicitando, sólidão”
Palavras foneticamente próximas geram um jogo de sons (paranomásia). “Só”, “solicitando” e “sólidão” exploram o efeito sonoro — aspecto típico dessa figura.
Análise das alternativas incorretas:
A) 3 – 2 – 1 – 4: Erra ao confundir antonomásia (devia estar na 2ª posição) com paranomásia (que está na última).
B) 1 – 3 – 2 – 4: Troca o paradoxo pela hipérbole, confundindo oposição de ideias com exagero.
D) 2 – 3 – 1 – 4: Inverte antonomásia e hipérbole, desconsiderando a relação palavra-atributo na antonomásia e o exagero na hipérbole.
Dica de prova: Atenção às definições: paradoxo sempre traz oposição intrínseca de sentidos; hipérbole sempre enfatiza pelo exagero; antonomásia atribui um traço ao objeto; paranomásia exige semelhança sonora.
Compreender a natureza de cada figura, exemplificada por gramáticos como Bechara e Cunha & Cintra, facilita a identificação em qualquer texto.
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