Figuras de Palavras e Figuras de Pensamento

Figuras de Linguagem
Camila Nunes
Fala, galerinha! O meu nome é Camila Nunes, mas os meus alunos costumam me chamar de Câmis. Sou professora de Língua Portuguesa, Literatura e Redação há mais de 10 anos e doutora na área pela UFRJ. Já deu para perceber que a minha atividade favorita é ler, certo? Um dos meus autores favoritos é o Mia Couto, de Literatura Africana. Estou aqui para te ajudar a conquistar a tão sonhada nota alta no vestibular. Vem comigo! Instagram - @heycamisnunes

Resumo sobre Figuras de Palavras e Figuras de Pensamento

As figuras de linguagem são um jeito criativo de se usar a linguagem, tornando-a mais expressiva, divertida e interessante. Os autores da literatura são muito conhecidos por abusarem desse dispositivo da língua, fazendo com que a mensagem que eles desejam passar seja ainda mais impactante.

No que tange à classificação das figuras, pode-se dizer que há as figuras de palavras que são aquelas que se dedicam a trabalhar de forma criativa o sentido das palavras em si, tais como:

Comparação: Compara-se dois ou mais elementos, como em “Seus olhos são como faróis me guiando à noite.”

Metáfora: Faz-se uma comparação implícita, como em “Seus olhos são os meus faróis da noite.”

Catacrese: Trata-se de uma metáfora congelada, como em “Bati o dedo no pé da cama.”

Metonímia: é o que se entende como a parte representando o todo, como em “Pedi a mão da minha namorada em casamento.”

Perífrase/Antonomásia: trata-se de uma forma “apelidada” de se referir a lugares ou pessoas, como em “A cidade maravilhosa continua linda.”

Sinestesia: é a mistura dos sentidos humanos, como em “Ele finalmente sentiu o cheiro doce da liberdade.”

Ademais, há as figuras de pensamento, que são aquelas que se dedicam a trabalhar uma forma de pensar, por meio da linguagem mais criativa, tais como:

Ironia: consiste em se dizer, basicamente, o contrário do que se pensa, como em “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria.” - Machado de Assis

Antítese: é o uso de palavras com sentidos opostos, como em “O amor torna-se nada, quando o respeito não é tudo.”

Paradoxo: é um raciocínio que é aparentemente contraditório, como em “Amor é ferida que arde e não se sente.” – Camões

Eufemismo: trata-se de um abrandamento de uma informação, como em “Esta pessoa faltou com a verdade no tribunal.”

Hipérbole: é o exagero de uma informação, como em “Eu quase morro de susto com os filmes de terror.”

Prosopopeia ou Personificação: é atribuir características humanas a algo inanimado, como em” O tempo voa.”

Gradação: é a informação sendo oferecida paulatinamente, como em “Ele chorou, gritou, esperneou até conseguir o que queria.”