Leia o texto a seguir.
A honestidade consiste em descobrir a verdade pela argúcia do espírito ou em manter a sociedade
humana, dando a cada um o que é seu e observando fielmente os costumes; encontra-se ainda ou
na nobreza e na força de uma alma indômita e inquebrantável ou nessa ordem e medida perfeita das
palavras e ações, resultando daí a moderação e o comedimento.
(CÍCERO. M. T. Dos deveres, I, 5.)
Com base no texto e nos conhecimentos acerca da ética de Marco Túlio Cícero, assinale a alternativa
correta.
Leia o texto a seguir.
A honestidade consiste em descobrir a verdade pela argúcia do espírito ou em manter a sociedade humana, dando a cada um o que é seu e observando fielmente os costumes; encontra-se ainda ou na nobreza e na força de uma alma indômita e inquebrantável ou nessa ordem e medida perfeita das palavras e ações, resultando daí a moderação e o comedimento.
(CÍCERO. M. T. Dos deveres, I, 5.)
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema central: trata-se da ética de Cícero, especialmente o conceito de honestas (honestidade/virtude) em De Officiis. É importante reconhecer elementos listados no texto e relacioná‑los ao modelo ciceroniano de virtude.
Resumo teórico direto: para Cícero (influenciado pelo estoicismo, mas com tom prático romano) a honestidade integra vários aspectos: busca da verdade (veritas/argumentação), o senso de justiça (dar a cada um o que é seu), a força de caráter (anima indomita) e a moderação/comedimento. Fonte direta: Cícero, De Officiis, I,5.
Por que a alternativa B está correta: enumera exatamente esses quatro elementos — busca da verdade, senso de justiça, força de caráter e moderação — que o texto apresenta como constitutivos da honestidade ciceroniana. A correspondência entre o enunciado e a alternativa é direta e completa.
Análise das incorretas:
A — erro: afirma que buscar a verdade “deve tomar como conhecidas as coisas desconhecidas”, o que deturpa a ideia; Cícero pede investigação/argúcia, não aceitar desconhecidos como já conhecidos.
C — erro: a força do caráter não nasce de medo e ambição; estas são paixões frequentemente contrárias à virtude no quadro estoico/ciceroniano.
D — erro: afirma incompatibilidade absoluta entre honestidade e utilidade; Cícero distingue honestum (primazia) e utile, mas busca conciliação prática; ele não postula oposição radical como regra absoluta.
E — erro evidente de sentido: usurpar bens públicos contradiz “dar a cada um o que é seu” — não o confirma.
Estratégia de prova: ao ler, destaque palavras-chave (verdade, justiça, força, moderação). Em questões sobre filósofos antigos, busque termos que reproduzam listas do texto: alternativas que repetem a enumeração correta costumam ser a chave.
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