Questão 76cfe519-ad
Prova:FGV 2015
Disciplina:Português
Assunto:Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Considere as definições:

Metáfora é a figura de linguagem que consiste no emprego de uma palavra com sentido que não lhe é comum ou próprio, sendo esse novo sentido resultante de uma relação de semelhança, de intersecção entre dois termos.

Personificação ou prosopopeia é a figura de linguagem que consiste em atribuir linguagem, sentimentos e ações próprios dos seres humanos a seres inanimados ou irracionais.

Aliteração é a repetição constante de um mesmo fonema consonantal.

(William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães. Gramática reflexiva, 2005)

As definições são exemplificadas, respectivamente, com os seguintes versos do poema:

                               Verão carioca 73

O carro do sol passeia rodas de incêndio
sobre os corpos e as mentes, fulminando-os.
Restam, sob o massacre, esquírolas1 de consciência,
a implorar, sem esperança, um caneco de sombra.

As árvores decotadas, alamedas sem árvores.
O ar é neutro, fixo, e recusa passagem
às viaturas da brisa. O zinir de besouros buzinas
ressoa no interior da célula ferida.

Sobe do negro chão meloso espedaçado
o súlfur2 dos avernos3 em pescoções de fogo.
A vida, esse lagarto invisível na loca4 ,
ou essa rocha ardendo onde a verdura ria?

O mar abre-se em leque à visita de uns milhares,
mas, curvados ao peso dessa carga de chamas,
em mil formas de esforço e pobreza e rotina,
milhões curtem a maldição do esplêndido verão.

(Carlos Drummond de Andrade. As impurezas do branco, 2012)

1esquírolas: lascas, pedacinhos
2súlfur: enxofre
3avernos: infernos
4loca: gruta pequena, local sob algo

A
o súlfur dos avernos em pescoções de fogo. / a implorar, sem esperança, um caneco de sombra. / sobre os corpos e as mentes, fulminando-os.
B
Restam, sob o massacre, esquírolas de consciência, / As árvores decotadas, alamedas sem árvores. / mas, curvados ao peso dessa carga de chamas,
C
As árvores decotadas, alamedas sem árvores. / ressoa no interior da célula ferida. / ou essa rocha ardendo onde a verdura ria?
D
A vida, esse lagarto invisível na loca, / O ar é neutro, fixo, e recusa passagem / às viaturas da brisa. O zinir de besouros buzinas
E
em mil formas de esforço e pobreza e rotina, milhões / curtem a maldição do esplêndido verão. / O mar abre-se em leque à visita de uns milhares,

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