Questão 725c2789-b4
Prova:UESPI 2011
Disciplina:História
Assunto:História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Após a abdicação de D. Pedro I ao trono, o Brasil foi governado por Regências Trinas, conforme previa a Constituição, mas o Ato Adicional de 1834 provocou algumas mudanças, entre as quais se estabelecia:

A
a regência una, para a qual o candidato era eleito e não mais indicado pela Assembleia Nacional, saindo vitorioso no primeiro pleito o Padre Diogo Antônio Feijó.
B
a eleição direta e secreta de um regente, cuja candidatura era efetivada por seu partido político, ganhando em primeiro lugar o brigadeiro Francisco de Lima e Silva.
C
a nomeação de um regente escolhido pelo presidente do Senado, a partir de uma lista composta dos nomes de três deputados, sendo nomeado o ministro Diogo Antonio Feijó.
D
as regências unas provisórias, cujo regente seria escolhido entre os deputados provinciais, que revezavam-se no poder, sendo o primeiro, José da Costa Carvalho.
E
a eleição popular de um regente, que ocuparia o cargo até a maioridade do herdeiro do trono, sendo eleito em primeiro lugar o senador Nicolau Vergueiro.

Gabarito comentado

G
Gabrielle FrancoMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: A

Tema central: Regências brasileiras (período regencial 1831–1840) e as alterações introduzidas pelo Ato Adicional de 12/08/1834. É essencial reconhecer como esse Ato modificou a organização do poder central e o modo de escolha do regente.

Resumo teórico claro: Após a abdicação de D. Pedro I (1831) implantou‑se um regime de regências (inicialmente trinas). A Constituição de 1824 previa soluções para a menoridade do herdeiro; o Ato Adicional de 1834 descentralizou competências (criação das Assembleias Provinciais) e alterou o sistema regencial: passou a admitir a regência una, eleita pela Assembleia Geral, substituindo a regência trina permanente.

Justificativa da alternativa A: A opção A afirma justamente que o Ato Adicional instituiu a regência una e cita Diogo Antônio Feijó como o primeiro a vencer esse pleito — fato histórico correto: Feijó, padre e político, foi eleito regente uno em 1835 em decorrência da alteração de 1834. Fontes: Ato Adicional (12/08/1834); registros históricos do Período Regencial (1831–1840).

Análise das alternativas incorretas:

B — Incorreta. Não houve “eleição direta e secreta” por partidos (sistema partidário moderno inexistente) nem vitória do brigadeiro citado. A eleição do regente era parlamentar/assembléia, não pleito popular de massas.

C — Incorreta. Não houve nomeação pelo presidente do Senado a partir de lista tríplice; o regente foi eleito pela Assembleia Geral. Além disso, Feijó não era designado “ministro” nessa forma.

D — Incorreta. Não foram instituídas regências unas provisórias por revezamento de deputados provinciais; as Assembleias Provinciais foram criadas, mas não para escolher regentes em rodízio. José da Costa Carvalho não foi o primeiro regente eleito.

E — Incorreta. Não ocorreu eleição popular para regente nem eleição do senador Nicolau Vergueiro para esse cargo; a escolha era feita por órgãos legislativos (Assembleia Geral) e o nome correto do primeiro regente uno é Feijó.

Dica para resolver questões: Ao ver “Ato Adicional de 1834”, associe imediatamente a regência una e à descentralização provinciana. Desconfie de alternativas que mencionem “voto popular”, “partidos” ou procedimentos anacrônicos ao período.

Fontes: Constituição de 1824; Ato Adicional de 12/08/1834; historiografia sobre o Período Regencial (ex.: registros da eleição de Diogo Antônio Feijó, 1835).

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