Todo Camburão Tem um Pouco de Navio Negreiro
[...] É mole de ver Que em qualquer dura O tempo passa mais lento pro negão Quem segurava com força a chibata Agora usa farda Engatilha a macaca Escolhe sempre o primeiro Negro pra passar na revista Pra passar na revista Todo camburão tem um pouco de navio negreiro [...]
Todo Camburão Tem um Pouco de Navio Negreiro é uma música da banda o Rappa, em que a letra problematiza a(o) :
[...] É mole de ver Que em qualquer dura O tempo passa mais lento pro negão Quem segurava com força a chibata Agora usa farda Engatilha a macaca Escolhe sempre o primeiro Negro pra passar na revista Pra passar na revista Todo camburão tem um pouco de navio negreiro [...]
Todo Camburão Tem um Pouco de Navio Negreiro é uma música da banda o Rappa, em que a letra problematiza a(o) :
Gabarito comentado
Alternativa correta: E - preconceito racial e social
Tema central: a letra usa imagens históricas (o “navio negreiro”) e um símbolo contemporâneo (o “camburão”) para mostrar a continuidade da violência e da discriminação contra pessoas negras no Brasil — ou seja, racismo estrutural e exclusão social.
Resumo teórico: racismo estrutural refere‑se a práticas, instituições e representações que reproduzem desigualdades raciais ao longo do tempo; não é só um episódio isolado, mas uma continuidade histórica (escravidão → violência institucional). Para aprofundar: Lei nº 10.639/2003 (inserção obrigatória da História da África e dos Afro‑brasileiros no currículo) e obras como Silvio Almeida, "Racismo Estrutural".
Justificativa da correta: a música associa diretamente o tratamento policial contemporâneo (“camburão”, revista, seleção de negros) ao tratamento da escravidão (“navio negreiro”, chibata). A intenção é criticar preconceito e discriminação racial que se traduzem socialmente em violência e desigualdade — tema claramente representado na alternativa E.
Análise das alternativas incorretas:
A — relação de trabalho e existência da mão de obra escrava: aborda um aspecto histórico econômico, mas a letra não discute relações de trabalho ou produção; foca na violência e no preconceito.
B — sofrimento dos escravizados durante a expansão marítima europeia: refere‑se a um contexto histórico específico (expansão marítima), que não é o foco imediato da canção, que usa o “navio negreiro” como metáfora para denunciar racismo atual.
C — dura rotina de trabalho dos escravos: está circunscrito ao cotidiano laboral da escravidão; novamente, a música remete à violência e à exclusão contemporânea, não descreve rotina de trabalho escravo.
D — atividade comercial e o tráfico negreiro: trata do comércio de escravos; embora relacionado historicamente, a canção problematiza a continuidade da violência racial, não a dinâmica comercial do tráfico.
Estratégias para resolver questões assim: leia a metáfora-chave (aqui, “navio negreiro” vs. “camburão”) e pergunte: a comparação aponta para continuidade histórica ou descreve um processo econômico? Busque termos que indiquem crítica social (violência, revista, escolha do primeiro negro) — isso sinaliza racismo/preconceito.
Fontes sugeridas: Lei nº 10.639/2003; Silvio Almeida, Racismo Estrutural; relatórios e estudos do IBGE sobre desigualdades raciais.
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