Considere o trecho da Obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, que se segue:
Virgília? Mas era a mesma senhora, que alguns anos depois...? (...) Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza,
entre as mocinhas do tempo, porque isto não é um romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às
sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca,
saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins
secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia de uns ímpetos misteriosos;
muita preguiça e alguma devoção – devoção, ou talvez medo; creio que medo. (ASSIS, Machado, 1994, p. 55)
Com base na leitura do trecho, considerando a referida obra e o conhecimento sobre as escolas literárias, podemos
afirmar que há uma crítica explícita à seguinte estética:
Considere o trecho da Obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, que se segue:
Virgília? Mas era a mesma senhora, que alguns anos depois...? (...) Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é um romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia de uns ímpetos misteriosos; muita preguiça e alguma devoção – devoção, ou talvez medo; creio que medo. (ASSIS, Machado, 1994, p. 55)
Com base na leitura do trecho, considerando a referida obra e o conhecimento sobre as escolas literárias, podemos afirmar que há uma crítica explícita à seguinte estética: