Questão 6258ec24-76
Prova:
Disciplina:
Assunto:
Leia a seguinte definição para responder à questão.
O mar simboliza a dinâmica da vida, os nascimentos, as
transformações, a morte, e os renascimentos. O movimento
das ondas do mar simboliza o estado transitório da vida, a
ambivalência entre a realidade e as possibilidades de realidade,
representa a incerteza, a dúvida, a indecisão, podendo levar
tanto ao bem como ao mal. Por isso, o mar simboliza tanto a
vida como a morte.<http://tinyurl.com/y7boek4f> Acesso em: 16.06.2017. Adaptado
Na segunda estrofe do poema, Carlos Drummond de Andrade evoca a imagem do mar. Relacionando essa estrofe e a
definição apresentada, é correto concluir
Leia a seguinte definição para responder à questão.
O mar simboliza a dinâmica da vida, os nascimentos, as
transformações, a morte, e os renascimentos. O movimento
das ondas do mar simboliza o estado transitório da vida, a
ambivalência entre a realidade e as possibilidades de realidade,
representa a incerteza, a dúvida, a indecisão, podendo levar
tanto ao bem como ao mal. Por isso, o mar simboliza tanto a
vida como a morte.
<http://tinyurl.com/y7boek4f> Acesso em: 16.06.2017. Adaptado
Na segunda estrofe do poema, Carlos Drummond de Andrade evoca a imagem do mar. Relacionando essa estrofe e a
definição apresentada, é correto concluir
Leia o poema para responder a questão.
Amar
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal,
senão rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e
uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.
– Carlos Drummond de Andrade, em “Claro enigma”. 1951.
Leia o poema para responder a questão.
Amar
Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal,
senão rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e
uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.
– Carlos Drummond de Andrade, em “Claro enigma”. 1951.
A
o mar, tal qual o amor, apresenta um simbolismo que remete à ideia de antítese.
B
diferentemente do amor, o mar apresenta um aspecto mórbido e sombrio.
C
enquanto o mar, assim como as ondas, é essencialmente transitório, o amor perdura.
D
as ondas do mar terminam na praia, mas o amor é infinito.
E
o amor e o mar salvam os homens da morte, garantindo uma existência plena.