Questões acerca do determinismo tem sido levantadas desde a antiguidade clássica, quando os filósofos discutiam seus efeitos aplicados às leis naturais e às ações humanas. De lá para cá, muitos pensadores, de diferentes áreas do conhecimento, pautando-se na sua essência, desdobraram essa teoria. Em sua versão mais filosófica, em geral, é chamado de Determinismo Causal, que pressupõe uma relação de causa e efeito. Das alternativas abaixo, o pensamento filosófico que expressa a teoria do determinismo é:

Alternativa correta: D

Tema central: Determinismo — ideia de que eventos (incluindo ações humanas) estão causalmente ou providencialmente determinados por fatores anteriores. Em concursos, é crucial distinguir formas: determinismo causal (cadeia de causas e efeitos) e determinismo teológico (vontade divina / predestinação).

Resumo teórico sucinto: O determinismo causal afirma que, dadas as leis naturais e um estado inicial, só há um futuro possível. O determinismo teológico sustenta que Deus determina ou conhece infalivelmente os acontecimentos (predestinação). Fontes recomendadas: Stanford Encyclopedia of Philosophy — Determinism e SEP — Predestination.

Por que a alternativa D está certa: A frase atribuída a Santo Agostinho — "Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus escreva o que quiser." — expressa a entrega da vontade humana à vontade divina e a ideia de que o destino é imposto por Deus. Isso remete diretamente à noção de predestinação/ determinismo teológico, que é uma forma de determinismo no campo religioso e filosófico. Agostinho, em obras como Confissões e A Cidade de Deus, discutiu a ação divina sobre a vontade humana, alinhando-se à ideia de determinação divina.

Análise das alternativas incorretas:

A — Schopenhauer: A frase sobre medo da vida e da morte reflete o pessimismo e a centralidade da Vontade (Vontade como princípio metafísico), não afirma a ideia de que ações estão previamente determinadas por uma causa divina ou por uma cadeia causal estrita. Não é expressão típica de determinismo.

B — Foucault: A frase sobre identidade mutável remete à crítica à essência fixa do sujeito, à historicidade e às relações de poder — temas de antiesencialismo e construção social do sujeito, não à ideia de determinismo causal/teológico.

C — Sartre: "Nasci para satisfazer..." é expressão típica do existencialismo que enfatiza liberdade, projeto e responsabilidade individuais. Sartre combate qualquer forma de determinismo humano; por isso essa alternativa é contrária ao determinismo.

Estrategia de prova: Procure palavras-chaves: "Deus", "entregar", "folha em branco", "destino" → indicam predestinação/determinismo teológico. Palavras como "liberdade", "projeto", "mudar", "ser" → sinalizam anti-determinismo (existencialismo, antiessencialismo).

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