O título do texto I “ME EXPLICA” deve ser considerado
Texto I
ME EXPLICA
Entenda o zika vírus e seus sintomas
Doença é transmitida pelo mosquito 'Aedes aegypti', o mesmo vetor da dengue e da febre chikungunya
O que é o zika?
É uma infecção causada pelo zika vírus, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor da
dengue e da febre chikungunya.
Posso ser contaminado se entrar em contato com alguém contaminado pelo vírus?
Não. A transmissão acontece pelo picada do mosquito, que após picar alguém contaminado, pode
transportar o vírus durante toda a sua vida.
Como é o processo de transmissão?
A fêmea do mosquito deposita seus ovos em locais com água parada. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem
na água por cerca de uma semana, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas.
Quais são os sintomas?
Os maiores incômodos são febre baixa e comichão na pele, além de manchas avermelhadas. O mosquito
adulto do Aedes aegypti vive em média 45 dias, e depois que a pessoa é picada leva de 3 a 12 dias para os
sintomas aparecerem.
Mas zika é dengue? Qual a diferença entre um e outro?
Os sintomas do zika vírus são bastante parecidos (febre, mal-estar, dores nas articulações) com os da
dengue, mas menos intensos. E, claro, o vírus da dengue não causa microcefalia.
Zika pode causar microcefalia?
Sim. Foram encontrados vírus no líquido que envolve o bebê durante a gravidez e também no líquido do
sistema nervoso central dos bebês diagnosticados com microcefalia.
Como isso acontece?
O vírus invade a placenta, entra na corrente sanguínea do bebê e vai direto para o cérebro. Ali, o vírus pode
provocar uma inflamação que retarda a multiplicação dos neurônios e prejudica a formação do cérebro da
criança.
Existe algum tratamento para o zika? Como posso me prevenir?
Ainda não há tratamento específico para a doença, apenas para o alívio dos sintomas. Para limitar a
transmissão do vírus, a pessoa deve ser mantida sob mosquiteiros durante o estado febril, para evitar que
algum Aedes aegypti a pique.
Mas alguém já está pesquisando a cura para o vírus?
Claro. Alguns cientistas da Universidade do Texas estão em busca de uma vacina contra o zika.
É verdade que o vírus se espalhou pela América Latina?
Sim. Ao menos 21 países já estão contaminados. A OMS, por sua vez, estima que pelo menos 4 milhões de
pessoas serão infectadas pelo zika vírus na América em 2016.
E ele pode se espalhar pelo mundo?
Sim. No dia 1º de fevereiro a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência mundial por conta
dos casos de microcefalia causados pelo zika.
Fonte: ME EXPLICA, de 29 de fevereiro de 2016. Disponível em <http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/me-explica/entenda-o-zika-virus-e-seus-sintomas/>. Acessado em
07/03/2016.
Texto I
ME EXPLICA
Entenda o zika vírus e seus sintomas
Doença é transmitida pelo mosquito 'Aedes aegypti', o mesmo vetor da dengue e da febre chikungunya
O que é o zika?
É uma infecção causada pelo zika vírus, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue e da febre chikungunya.
Posso ser contaminado se entrar em contato com alguém contaminado pelo vírus?
Não. A transmissão acontece pelo picada do mosquito, que após picar alguém contaminado, pode transportar o vírus durante toda a sua vida.
Como é o processo de transmissão?
A fêmea do mosquito deposita seus ovos em locais com água parada. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas.
Quais são os sintomas?
Os maiores incômodos são febre baixa e comichão na pele, além de manchas avermelhadas. O mosquito adulto do Aedes aegypti vive em média 45 dias, e depois que a pessoa é picada leva de 3 a 12 dias para os sintomas aparecerem.
Mas zika é dengue? Qual a diferença entre um e outro?
Os sintomas do zika vírus são bastante parecidos (febre, mal-estar, dores nas articulações) com os da dengue, mas menos intensos. E, claro, o vírus da dengue não causa microcefalia.
Zika pode causar microcefalia?
Sim. Foram encontrados vírus no líquido que envolve o bebê durante a gravidez e também no líquido do sistema nervoso central dos bebês diagnosticados com microcefalia.
Como isso acontece?
O vírus invade a placenta, entra na corrente sanguínea do bebê e vai direto para o cérebro. Ali, o vírus pode provocar uma inflamação que retarda a multiplicação dos neurônios e prejudica a formação do cérebro da criança.
Existe algum tratamento para o zika? Como posso me prevenir?
Ainda não há tratamento específico para a doença, apenas para o alívio dos sintomas. Para limitar a transmissão do vírus, a pessoa deve ser mantida sob mosquiteiros durante o estado febril, para evitar que algum Aedes aegypti a pique.
Mas alguém já está pesquisando a cura para o vírus?
Claro. Alguns cientistas da Universidade do Texas estão em busca de uma vacina contra o zika.
É verdade que o vírus se espalhou pela América Latina?
Sim. Ao menos 21 países já estão contaminados. A OMS, por sua vez, estima que pelo menos 4 milhões de pessoas serão infectadas pelo zika vírus na América em 2016.
E ele pode se espalhar pelo mundo?
Sim. No dia 1º de fevereiro a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência mundial por conta dos casos de microcefalia causados pelo zika.
Fonte: ME EXPLICA, de 29 de fevereiro de 2016. Disponível em <http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/me-explica/entenda-o-zika-virus-e-seus-sintomas/>
Gabarito comentado
Tema central: Colocação pronominal e níveis de linguagem na interpretação textual.
A questão testa se o candidato compreende quando e por que estruturas informais podem ser adequadas em títulos de textos jornalísticos ou explicativos, mesmo contrariando regras da norma-padrão.
Regra gramatical relevante: De acordo com as gramáticas normativas (Evanildo Bechara; Cunha & Cintra), não se deve iniciar uma oração com pronome oblíquo átono — como “me” —, exceto em casos de licença poética ou uso coloquial. A forma padrão seria “Explica-me”. Entretanto, na linguagem informal, especialmente em títulos voltados ao público leigo, a estrutura “Me explica” é frequentemente utilizada para aproximar-se do leitor, tornando o texto mais acessível e simpático.
Justificativa da alternativa correta (C): A alternativa C está correta porque reconhece a intenção do autor: usar linguagem simples e próxima, chamando atenção do público geral. Acolher a informalidade nesse contexto não representa erro de comunicação, mas sim uma estratégia textual.
Análise das alternativas incorretas:
A) Incorreta. Afirma que a próclise seria obrigatória em títulos. Na verdade, o uso inicial do “me” não é gramaticalmente recomendado, salvo em linguagem coloquial ou licença poética.
B) Incorreta. Diz que a próclise não deve ser usada em parágrafo/título. Apesar disso, se o objetivo é um tom informal e acessível, é plenamente aceitável.
D) Incorreta. Considera inadequado pelo veículo ser “oficial”. No entanto, veículos de informação nem sempre seguem o rigor da redação oficial: buscam, muitas vezes, aderência e empatia com o leitor, justificando a informalidade.
Dica de interpretação: Ao analisar títulos, observe quem é o público e o objetivo comunicativo. Títulos informais buscam engajamento, mesmo usando estruturas que fogem à norma culta, conforme destacado por Celso Cunha ao tratar dos níveis de linguagem.
Resumo: “Me explica” foge à norma padrão, mas se adequa perfeitamente a uma comunicação voltada ao público geral e à linguagem acessível. O objetivo supera o rigor gramatical neste caso.
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