Nessa notícia, publicada em 2005, o uso da locução verbal “está sendo desenvolvido” no primeiro período do texto indica que o projeto de criar um “novo material para armazenamento de informações digitais”
Brasileiros desenvolvem material com enorme
capacidade de armazenamento de dados
Um novo material para armazenamento de informações digitais que promete substituir os já quase
antiquados DVDs e CDs (discos de gravação) está sendo desenvolvido no Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara, por pesquisadores do Grupo de Materiais Fotônicos. Trata-se de um bloco de vidro composto por altas concentrações de óxido de tungstênio que realiza gravações em três dimensões, ao contrário dos discos, que trabalham apenas
com duas.
Segundo os químicos Marcelo Nalin, pós-doutorando do Instituto de Física da Universidade de Campinas (Unicamp), e Gaël Poirier, pós-doutorando do Instituto de Química da Unesp, é difícil precisar a capacidade de armazenamento de informações do bloco de vidro, que depende da qualidade do equipamento utilizado na gravação e da modulação das propriedades ópticas do vidro Porém, estima-se que o limite de armazenamento seja de 1,6 terabyte por cm³ (cerca de 1.600 gigabytes). Os DVDs mais avançados encontrados no mercado hoje conseguem guardar dados de 20
gigabytes, enquanto os CDs, apenas 700 megabytes. (...)
Disponível em: http://bibliotech7.blogspot.com.br/2005/10/memria-em-cubos.html. Acesso em 23.07.14.
capacidade de armazenamento de dados
Um novo material para armazenamento de informações digitais que promete substituir os já quase
antiquados DVDs e CDs (discos de gravação) está sendo desenvolvido no Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara, por pesquisadores do Grupo de Materiais Fotônicos. Trata-se de um bloco de vidro composto por altas concentrações de óxido de tungstênio que realiza gravações em três dimensões, ao contrário dos discos, que trabalham apenas
com duas.
Segundo os químicos Marcelo Nalin, pós-doutorando do Instituto de Física da Universidade de Campinas (Unicamp), e Gaël Poirier, pós-doutorando do Instituto de Química da Unesp, é difícil precisar a capacidade de armazenamento de informações do bloco de vidro, que depende da qualidade do equipamento utilizado na gravação e da modulação das propriedades ópticas do vidro Porém, estima-se que o limite de armazenamento seja de 1,6 terabyte por cm³ (cerca de 1.600 gigabytes). Os DVDs mais avançados encontrados no mercado hoje conseguem guardar dados de 20
gigabytes, enquanto os CDs, apenas 700 megabytes. (...)
Disponível em: http://bibliotech7.blogspot.com.br/2005/10/memria-em-cubos.html. Acesso em 23.07.14.
Gabarito comentado
Tema central da questão: Interpretação de texto e uso de tempos e locuções verbais (em especial, a voz passiva analítica com gerúndio), de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa.
Justificativa para a alternativa correta (A):
A locução verbal “está sendo desenvolvido” emprega o verbo auxiliar “estar” no presente do indicativo, seguido de “sendo” (gerúndio do verbo “ser”) e do particípio “desenvolvido”. Conforme preconizado por Bechara (Moderna Gramática Portuguesa), essa estrutura indica uma ação em desenvolvimento no presente — ou seja, na época em que a notícia foi escrita (2005), a pesquisa estava ocorrendo naquele momento. Logo, a alternativa A (“estava em andamento na época da publicação da notícia”) é a correta, pois respeita o sentido textual e a sintaxe do tempo verbal apresentado.
Análise das alternativas incorretas:
B) Incorreta: O texto não declara – nem verbal nem contextualmente – que o projeto foi encerrado. O tempo verbal não permite essa inferência.
C) Incorreta: A locução refere-se ao presente da época da notícia. Não é possível afirmar, apenas por ela, que ainda está em curso atualmente.
D) Incorreta: A oração não define quando o projeto começou, apenas que está acontecendo no momento da notícia.
E) Incorreta: Também não se afirma quando o projeto teve início, tampouco há garantia de que irá durar “muito mais”.
Estratégia de interpretação: Ao analisar enunciados que trazem locuções verbais no presente (com gerúndio), verifique sempre o tempo de referência do texto e cuidado com armadilhas de interpretação temporal — nem tudo que está no gerúndio acontece “agora” para quem lê, mas sim para quem narra/refere.
Regra gramatical aplicada: “O gerúndio, associado ao presente do indicativo (‘está sendo...’), expressa continuidade no tempo em relação ao momento da enunciação.” (Cunha & Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo)
Resumo: A resposta correta é a A, pois indica ação em andamento no tempo da publicação.
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