Questão 5bdb5abb-bd
Prova:
Disciplina:
Assunto:
Zuenir Ventura, em seu livro “Minhas memórias dos outros” (São Paulo: Planeta do Brasil, 2005), referindo-se ao fim da “Era Vargas” e ao suicídio do presidente em 1954, comenta:
Quase como castigo do destino, dois anos depois eu iria trabalhar no jornal de Carlos Lacerda, o inimigo mortal de Vargas (e nunca esse adjetivo foi tão próprio).
Diante daquele contexto histórico, muitos estudiosos acreditam que, com o suicídio, Getúlio Vargas atingiu não apenas a si mesmo, mas o coração de seus aliados e a mente de seus inimigos. A afirmação que aparece “entre parênteses” no comentário e uma conseqüência política que atingiu os inimigos de Vargas aparecem, respectivamente, em:
Zuenir Ventura, em seu livro “Minhas memórias dos outros” (São Paulo: Planeta do Brasil, 2005), referindo-se ao fim da “Era Vargas” e ao suicídio do presidente em 1954, comenta:
Quase como castigo do destino, dois anos depois eu iria trabalhar no jornal de Carlos Lacerda, o inimigo mortal de Vargas (e nunca esse adjetivo foi tão próprio).
Diante daquele contexto histórico, muitos estudiosos acreditam que, com o suicídio, Getúlio Vargas atingiu não apenas a si mesmo, mas o coração de seus aliados e a mente de seus inimigos. A afirmação que aparece “entre parênteses” no comentário e uma conseqüência política que atingiu os inimigos de Vargas aparecem, respectivamente, em:
Quase como castigo do destino, dois anos depois eu iria trabalhar no jornal de Carlos Lacerda, o inimigo mortal de Vargas (e nunca esse adjetivo foi tão próprio).
Diante daquele contexto histórico, muitos estudiosos acreditam que, com o suicídio, Getúlio Vargas atingiu não apenas a si mesmo, mas o coração de seus aliados e a mente de seus inimigos. A afirmação que aparece “entre parênteses” no comentário e uma conseqüência política que atingiu os inimigos de Vargas aparecem, respectivamente, em:
A
a conspiração envolvendo o jornalista Carlos Lacerda é um dos elementos do desfecho trágico e o recuo da ação de políticos conservadores devido ao impacto da reação popular.
B
a tentativa de assassinato sofrida pelo jornalista Carlos Lacerda por apoiar os assessores do presidente que discordavam de suas idéias e o avanço dos conservadores foi intensificado pela ação dos militares.
C
o presidente sentiu-se impotente para atender a seus inimigos, como Carlos Lacerda, que o pressionavam contra a ditadura e os aliados do presidente teriam que aguardar mais uma década para concretizar a democracia progressista.
D
o jornalista Carlos Lacerda foi responsável direto pela morte do presidente e este fato veio impedir definitivamente a ação de grupos conservadores.
E
o presidente cometeu o suicído para garantir uma definitiva e dramática vitória contra seus acusadores e oferecendo a própria vida Vargas facilitou as estratégias de regimes autoritários no país.
Gabarito comentado
Eulália FerreiraEx-Coordenadora de História do Colégio Pedro II (RJ), Mestra em Relações Internacionais (PUC-Rio) e Profª com o título "Notório Saber" pelo Colégio Pedro II (RJ)
Esta é uma questão que exige conhecimento factual e muito pouco analítico acerca do tema em pauta. O momento histórico é o da República Populista (apresentada em livros didáticos com outros nomes tais como “período de redemocratização” ou “ período de perda de hegemonia dos paulistas na esfera federal).
O momento histórico em pauta é o do suicídio de Vargas em 1954. Carlos Lacerda, um dos líderes da UDN era ferrenho opositor do partido que dava respaldo a Vargas, o PTB, como era igualmente antivarguista. E, foi em parte devido à atuação constante da oposição e à impossibilidade do presidente Vargas de articular uma maioria segura no congresso que a situação política torna-se crítica, dificultando a execução dos projetos do PTB e do próprio Vargas. Seu suicídio mostra a negação de qualquer medida conciliatória proposta por políticos civis e militares.
Ao mesmo tempo, a morte de Vargas pode ser utilizada PTB e pelo PSD para rearticular sua aliança política de forma a bloquear o crescimento ou quaisquer ações da UDN (e de Lacerda), ao menos durante um quinquênio presidencial.
As opções apresentadas estão longas e apresentam uma mistura bem feita de dados corretos e incorretos. Estão sublinhadas nas opções as ideias-chave para a percepção de que a opção está incorreta
A opção correta é a de letra A
O momento histórico em pauta é o do suicídio de Vargas em 1954. Carlos Lacerda, um dos líderes da UDN era ferrenho opositor do partido que dava respaldo a Vargas, o PTB, como era igualmente antivarguista. E, foi em parte devido à atuação constante da oposição e à impossibilidade do presidente Vargas de articular uma maioria segura no congresso que a situação política torna-se crítica, dificultando a execução dos projetos do PTB e do próprio Vargas. Seu suicídio mostra a negação de qualquer medida conciliatória proposta por políticos civis e militares.
Ao mesmo tempo, a morte de Vargas pode ser utilizada PTB e pelo PSD para rearticular sua aliança política de forma a bloquear o crescimento ou quaisquer ações da UDN (e de Lacerda), ao menos durante um quinquênio presidencial.
As opções apresentadas estão longas e apresentam uma mistura bem feita de dados corretos e incorretos. Estão sublinhadas nas opções as ideias-chave para a percepção de que a opção está incorreta
A opção correta é a de letra A