O Estado moderno tem sua origem nas monarquias europeias do século XVII, nas quais se praticava uma nova
forma de política designada como “absolutista”. Sobre o Absolutismo, assinale a alternativa INCORRETA.
Gabarito comentado
Resposta: Alternativa D (INCORRETA).
Tema central: a questão trata do Absolutismo, forma de governo das monarquias europeias dos séculos XVI–XVIII marcada pela concentração do poder no rei. É importante distinguir esse modelo do constitucionalismo moderno, que assegura direitos e limita o poder estatal.
Resumo teórico: o absolutismo pautava-se na centralização administrativa, na afirmação da soberania real (muitas vezes legitimada pela teoria do direito divino: Bossuet) e na construção de um aparelho burocrático e fiscal permanente (inspiração em Bodin para a ideia de soberania). Buscou também subordinar instituições rivais, como a nobreza e, em vários casos, o clero, ao poder do rei.
Por que D é a INCORRETA: a alternativa D afirma que o absolutismo estabelecia garantias constitucionais invioláveis de direitos individuais (liberdade de consciência e expressão). Isso é anacrônico. O absolutismo caracteriza‑se exatamente pela ausência de limitações legais permanentes ao poder real e pela prática de censura, intervenções religiosas e repressão de dissidências (ex.: revogação do Édito de Nantes em 1685 na França, que restringiu a liberdade religiosa). Direitos individuais protegidos por constituições são características do constitucionalismo posterior (século XVIII‑XIX) e do Estado de direito.
Análise das demais alternativas (por que não são incorretas):
- A — correta: o absolutismo promoveu a centralização do poder nas mãos do monarca.
- B — correta: a autoridade real era frequentemente legitimada como suprema e de origem divina (teoria do direito divino).
- C — correta: formação de uma administração pública permanente e funcional, com funcionários nomeados pelo rei, para fiscalidade e governança.
- E — correta (com nuances): muitas monarquias absolutas procuraram subordinar o clero ao poder secular para consolidar a ordem interna e reduzir conflitos religiosos (ex.: política galicana, ações de cardeais como Richelieu; e o contexto do Tratado de Vestfália que reforçou soberanias nacionais).
Dica de prova: busque palavras-chave anacrônicas (ex.: "garantias constitucionais invioláveis") — se o termo pertence a um contexto posterior ao tema, a alternativa costuma estar errada.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!





