Quanto ao golpe de 1964 no Brasil, o qual deu início a uma
ditadura civil-militar que durou 21 anos e em consonância
com a Guerra Fria, pode-se dizer:
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa A.
Tema e relevância: A questão trata do golpe de 1964 e da ditadura civil‑militar (1964–1985). É um tópico central em História do Brasil para concursos porque exige compreensão do contexto internacional (Guerra Fria), das forças sociais internas que apoiaram o golpe e das práticas autoritárias instauradas.
Resumo teórico conciso: Em 1964, setores militares, com apoio de grupos conservadores — parte da Igreja Católica, empresários, imprensa e políticos conservadores — derrubaram o presidente João Goulart. O regime que se seguiu instituiu censura, suspensão de direitos políticos, prisões arbitrárias, tortura e desaparecimentos. O Ato Institucional Nº 5 (1968) ampliou repressão. Fontes: relatórios da Comissão Nacional da Verdade, estudos de historiadores como Elio Gaspari e documentos diplomáticos desclassificados.
Por que a alternativa A está correta: A alternativa resume corretamente a dinâmica do golpe: coalizão conservadora + limitação de liberdades civis e práticas de repressão. Isso está confirmado por pesquisas históricas e por relatórios oficiais sobre violações de direitos humanos durante a ditadura.
Análise das alternativas incorretas:
B — Incorreta. João Goulart não era membro do Partido Comunista (PCB). Era líder do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e foi Ministro do Trabalho no governo de Getúlio Vargas (sim), mas afirmar que era comunista é impreciso e parte da narrativa anticomunista que justificou o golpe.
C — Incorreta. Não há registro verossímil de que Goulart tenha condecorado Che Guevara ou buscado uma aliança formal com a URSS que justificasse o golpe nessa forma. A preocupação conservadora vinha mais da agenda de reformas de base (reforma agrária, reformas trabalhistas) e do contexto da Guerra Fria do que de condecorações simbólicas.
D — Incorreta. Leonel Brizola foi opositor ao golpe e liderou a Campanha da Legalidade em 1961 para garantir a posse de Jango; não defendeu renúncia patriótica para evitar guerra civil. Sua postura foi de resistência política, não de renúncia.
E — Incorreta. Jarbas Passarinho, general e Ministro no governo Costa e Silva, apoiou medidas autoritárias — inclusive o AI‑5 é associado ao endurecimento que teve apoio de setores militares e civis do regime. Ele não defendeu o AI‑5 em nome da democracia.
Dica de interpretação: Em questões sobre 1964 observe: (1) identificar atores sociais (militares, empresariado, Igreja, imprensa); (2) diferenciar acusações anticomunistas de fatos políticos; (3) lembrar medidas concretas do regime (AI‑5, censura, tortura) e protagonistas reais.
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