É com o Estado liberal que se estabelece a separação
entre público e privado e a noção de que não se deve
interferir nas atividades econômicas.
Considerando o tema poder, política e Estado, assinale o
que for correto.
Gabarito comentado
Alternativa correta: C — Certo
Tema central
O item trata da ideia de Estado liberal — conceito essencial em sociologia política e ciência política — relacionando-o à separação público/privado e à postura de não intervenção nas atividades econômicas (laissez-faire). Entender essas noções é fundamental para interpretar políticas públicas, modelos de Estado e disputas sobre regulação econômica.
Resumo teórico claro
O Estado liberal, emergente nos séculos XVII–XIX a partir do liberalismo clássico, fundamenta-se na proteção de direitos individuais, propriedade privada e limitação da ação estatal. Nesse modelo há uma distinção nítida entre esfera pública (Estado, leis, monopólio legítimo da coerção — conceito associado a Max Weber) e esfera privada (mercado, família, iniciativas individuais). Economicamente, o princípio dominante é o laissez-faire, defendido por autores como Adam Smith, que advogavam mínima interferência estatal para permitir a autorregulação dos mercados.
Fontes e leituras recomendadas
- Adam Smith, A Riqueza das Nações (princípios do laissez-faire).
- John Locke, Two Treatises of Government (direitos individuais, propriedade).
- Max Weber, Economia e Sociedade (definição de Estado moderno).
Justificativa da resposta
A afirmação é correta porque sintetiza o núcleo do liberalismo clássico: a separação entre o que é público e o que é privado e a defesa de que o Estado deve intervir o mínimo possível na economia. Historicamente, o Estado liberal promoveu políticas que reduziram controles empresariais e ampliaram a autonomia econômica privada, legitimando a não intervenção como princípio normativo. Logo, o enunciado corresponde à concepção teórica do Estado liberal.
Dica de interpretação para concursos
Ao ler enunciados, identifique termos-chave (aqui: "Estado liberal", "separação público/privado", "não se deve interferir"). Se todos os elementos correspondem ao núcleo conceitual de um autor ou tradição teórica, a alternativa tende a ser correta. Cuidado com palavras absolutas em outros contextos (ex.: “nunca” ou “sempre”), que podem indicar pegadinhas.
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