O objeto da História é sempre o passado, de maneira que temas como a Revolução Francesa e a
Revolução Russa nunca se relacionam nas mãos de historiadores profissionais.
Gabarito comentado
Resposta correta: E — Errado
Tema central: metodologia da História — em especial a possibilidade e utilidade de relacionar eventos do passado (p. ex. Revolução Francesa e Revolução Russa). Importância: prova sua compreensão sobre métodos comparativos, causalidade e história transnacional.
Resumo teórico: A História não é apenas enumeração de fatos passados; é interpretação crítica. Historiadores comparam, estabelecem relações causais, transferências ideológicas e estruturas sociais que ligam acontecimentos distintos. Métodos relevantes: história comparada, história conectada/transnacional e história das mentalidades.
Fontes metodológicas (relevantes): E. H. Carr, What Is History? (1961); Marc Bloch, The Historian’s Craft (1949); Theda Skocpol, States and Social Revolutions (1979); Crane Brinton, The Anatomy of Revolution (1938) — todos tratam da comparação e interpretação histórica.
Justificativa da alternativa correta (por que a afirmação é ERRADA): A frase afirma que, por serem objetos do passado, temas como as duas revoluções “nunca se relacionam” na prática historiográfica — isso é falso. Historiadores relacionam eventos para identificar causas comuns, repercussões culturais e redes de circulação de ideias (ex.: difusão do liberalismo, impacto das Guerras Napoleônicas, modelos de representação política). Obras comparativas mostram padrões e diferenças úteis para explicar por que certas transformações ocorreram em contextos distintos.
Dica para provas — identifique a pegadinha: palavras absolutas como “sempre” e “nunca” costumam indicar enunciado falso. Além disso, confundir “objeto do passado” com “impossibilidade de relação” é falha lógica: o fato de estudar o passado não impede comparações entre eventos históricos.
Resumo prático: A alternativa é E — Errado, porque a historiografia profissional frequentemente estabelece relações analíticas entre revoluções distintas para explicar causas, processos e consequências.
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