TEXTO I
Se queremos combater a violência, temos que lidar também com suas causas, e uma
delas pode ser esse tipo de jogo eletrônico. Por propiciar uma participação ativa do jogador
na criação da violência, a influência que ele exerce sobre as pessoas é muito maior que a de
filmes ou programas de televisão, por exemplo (...), como crianças que assistem ao desenho do
Homem-Aranha e depois agem como se realmente fossem o super-herói. Existem pessoas que
são mais suscetíveis a essa influência. Aquelas com personalidade limítrofe ou compreensão
limitada podem confundir jogo e realidade.
Içami Tiba - Psiquiatra e educador.
TEXTO II
A forma lúdica de lidar com a violência, brincadeiras que envolvem uma dicotomia entre
bem e mal são anteriores à era eletrônica. Há muito tempo que as crianças brincam de polícia
e ladrão e o fato de uma pessoa interpretar um bandido não quer dizer que ela seja má ou
vá se tornar má. (...). É verdade que o jogo eletrônico desperta uma série de sensações no
usuário (...) é quase como vivenciar aquilo na vida real. Além disso, a proibição contribui para
despertar a curiosidade e tornar o proibido ainda mais atrativo.
Erick Itakura, Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da PUC-SP.
O Estado de São Paulo, 27 jan. 2008.
Os posicionamentos revelados nos Textos I e II têm em comum a defesa do(a)
TEXTO I
Se queremos combater a violência, temos que lidar também com suas causas, e uma delas pode ser esse tipo de jogo eletrônico. Por propiciar uma participação ativa do jogador na criação da violência, a influência que ele exerce sobre as pessoas é muito maior que a de filmes ou programas de televisão, por exemplo (...), como crianças que assistem ao desenho do Homem-Aranha e depois agem como se realmente fossem o super-herói. Existem pessoas que são mais suscetíveis a essa influência. Aquelas com personalidade limítrofe ou compreensão limitada podem confundir jogo e realidade.
Içami Tiba - Psiquiatra e educador.
TEXTO II
A forma lúdica de lidar com a violência, brincadeiras que envolvem uma dicotomia entre bem e mal são anteriores à era eletrônica. Há muito tempo que as crianças brincam de polícia e ladrão e o fato de uma pessoa interpretar um bandido não quer dizer que ela seja má ou vá se tornar má. (...). É verdade que o jogo eletrônico desperta uma série de sensações no usuário (...) é quase como vivenciar aquilo na vida real. Além disso, a proibição contribui para despertar a curiosidade e tornar o proibido ainda mais atrativo.
Erick Itakura, Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da PUC-SP. O Estado de São Paulo, 27 jan. 2008.
Os posicionamentos revelados nos Textos I e II têm em comum a defesa do(a)
Gabarito comentado
Tema central: Interpretação de Texto
A questão avalia a capacidade de identificar o ponto comum entre dois textos, habilidade essencial em provas de concursos públicos. Quando o comando pede aquilo que os textos “têm em comum”, exige-se do candidato atenção ao tema central discutido em ambos, independentemente de opiniões distintas.
Por que a alternativa D está correta?
Os dois textos analisam o impacto dos jogos eletrônicos nos comportamentos infantis, ainda que com abordagens diferentes:
• Texto I: destaca riscos de aumento da violência por influência dos jogos.
• Texto II: relativiza, apontando que brincadeiras violentas são anteriores e nem sempre prejudiciais.
Em ambos, há reflexão sobre como tais jogos podem afetar atitudes, emoções e ações das crianças. Isso caracteriza o ponto de convergência.
Análise das alternativas incorretas:
A) “Possibilidade de as crianças rejeitarem a realidade” – Não é discutido diretamente. O texto I fala em confusão entre jogo e realidade, mas não é consenso entre os textos.
B) “Idealização das crianças em personificar heróis” – Esse aspecto aparece como exemplo em apenas um dos textos, não sendo ponto de debate dos dois.
C) “Impedimento de jogos eletrônicos violentos para crianças” – O impedimento é sugerido só no texto I, enquanto o II discute restrição de modo crítico.
Como chegar à resposta correta?
• Leia sempre ambos os textos buscando relação temática, atentando-se a palavras-chave como “violência”, “influência”, “comportamento” e “crianças”.
• Evite se prender à opinião apenas de um autor.
Segundo Ingedore Koch e o Manual de Redação da Presidência da República, a coerência consiste na identificação do foco comum (“tecido semântico”, ou seja, o tema); por isso, questões dessa natureza requerem visão abrangente sobre o assunto.
Dica para provas: Questões que pedem o “ponto comum” muitas vezes tentam induzir o candidato a escolher a opinião de apenas um texto. Foque sempre no tema abordado por ambos, mesmo que as visões sejam opostas ou complementares.
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