Questão 4203eeab-ea
Prova:ULBRA 2012
Disciplina:Português
Assunto:Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A linguagem conotativa, no poema, procura produzir efeitos fonéticos, sintáticos e semânticos. Sobre o texto 2, poema Asa Branca, marque a resposta correta.

Leia o fragmento de um dos poemas de cordel, da obra Vida e obra de Gonzagão, de Cacá Lopes, e o poema Asa Brancade Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira e responda à questão . 



TEXTO 1 


Foi voando nas asas da Asa Branca

Que Gonzaga escreveu a sua história.


Dos acordes de um grande brasileiro,

Um intérprete da alma de seu povo,

Sai um canto que sempre será novo,

Amoroso, sincero, alvissareiro.

Entre os hinos do seu cancioneiro,

O que fala duma ave migratória

Conferiu a Luiz eterna glória

Para além desta vida que se estanca. 



http://marcohaurelio.blogspot.com.br/2012/06/o-maiscompleto-cordel-sobre-o-rei-do_11.html. 




TEXTO 2  


Quando olhei a terra ardendo

Qual fogueira de São João

Eu perguntei a Deus do Céu, ai

Por que tamanha judiação


Que braseiro que fornalha

Nenhum pé de plantação

Por falta d’água perdi meu gado

Morreu de sede meu alazão


Inté mesmo a asa branca

Bateu asas do sertão

Então eu disse, adeus Rosinha

Guarda contigo meu coração


Hoje longe muitas léguas

Nessa triste solidão

Espero a chuva cair de novo

Pra mim voltar pro meu sertão


Quando o verde dos teus olhos

Se espalhar na plantação

Eu te asseguro não chore, não, viu

Que eu voltarei, viu, meu coração 



A
As rimas em “ão” (João, judiação, plantação, alazão, sertão, coração) fazem parte das figuras sintáticas, como zeugma e hipérbato.
B
No primeiro verso, a expressão “terra ardendo” pode ser lida como uma metáfora que remete para a ideia da seca.
C
“Inté mesmo a asa branca” (verso 9) expressa uma ironia.
D
Nos versos 19 e 20, “Eu te asseguro não chore, não, viu/Que eu voltarei, viu, meu coração”, a repetição do termo “viu” pode ser classificada como um assíndeto.
E
O verso 16, “Pra mim voltar pro meu sertão” é uma metonímia, figura semântica.

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