Questão 3db84873-b8
Prova:
Disciplina:
Assunto:
Entre as linhas 11 e 14, lê-se “Já quando
fazem o obséquio de me liberar o espaço, de tempos
em tempos entro para olhar as estantes onde há de
tudo um pouco”. Atente ao que se diz sobre a
expressão “Já quando”.
I. Essa expressão dá, à oração que inicia, o valor
semântico de tempo.
II. “Já” acrescenta à oração um caráter de
comparação, cujo elemento comparado vem
implícito no texto: (Os desocupados enchem o
recinto de tal maneira que me impedem de
aproximar-me das estantes). “ Já quando
fazem o obséquio de me liberar o espaço, de
tempos em tempos entro para olhar as
estantes onde há de tudo um pouco”.
Comparam-se duas situações: o que acontece
quando os desocupados não dão espaço para o
enunciador passar, e o que acontece quando
lhe dão esse espaço. Quando não dão, ele não
se aproxima das estantes; quando dão, ele
entra “para olhar as estantes”.
III. Omitindo-se o “Já”, a oração nada perderia:
nem no plano semântico nem no plano
estilístico-expressivo.
Está correto o que se diz em
Entre as linhas 11 e 14, lê-se “Já quando
fazem o obséquio de me liberar o espaço, de tempos
em tempos entro para olhar as estantes onde há de
tudo um pouco”. Atente ao que se diz sobre a
expressão “Já quando”.
I. Essa expressão dá, à oração que inicia, o valor
semântico de tempo.
II. “Já” acrescenta à oração um caráter de
comparação, cujo elemento comparado vem
implícito no texto: (Os desocupados enchem o
recinto de tal maneira que me impedem de
aproximar-me das estantes). “ Já quando
fazem o obséquio de me liberar o espaço, de
tempos em tempos entro para olhar as
estantes onde há de tudo um pouco”.
Comparam-se duas situações: o que acontece
quando os desocupados não dão espaço para o
enunciador passar, e o que acontece quando
lhe dão esse espaço. Quando não dão, ele não
se aproxima das estantes; quando dão, ele
entra “para olhar as estantes”.
III. Omitindo-se o “Já”, a oração nada perderia:
nem no plano semântico nem no plano
estilístico-expressivo.
Está correto o que se diz em
Texto A garagem de casa (Chico Buarque. O irmão alemão. 1 ed. São Paulo.
Companhia das letras. 2014. p. 60-61. Texto
adaptado com o acréscimo do título.)
A obra O irmão alemão, último livro de Chico
Buarque de Holanda, tem como móvel da narrativa
a existência de um desconhecido irmão alemão,
fruto de uma aventura amorosa que o pai dele,
Sérgio Buarque de Holanda, tivera com uma
alemã, lá pelo final da década de 30 do século
passado. Exatamente quando Hitler ascende ao
poder na Alemanha. Esse fato é real: o jornalista,
historiador e sociólogo Sérgio Buarque de Holanda,
na época, solteiro, deixou esse filho na Alemanha.
Na família, no entanto, não se falava no assunto.
Chico teve, por acaso, conhecimento dessa
aventura do pai em uma reunião na casa de
Manuel Bandeira, por comentário feito pelo próprio
Bandeira.
Foi em torno da pretensa busca desse pretenso
irmão que Chico Buarque desenvolveu sua
narrativa ficcional, o seu romance.Sobre a obra, diz Fernando de Barros e Silva: “o
que o leitor tem em mãos [...] não é um relato
histórico. Realidade e ficção estão aqui
entranhadas numa narrativa que embaralha sem
cessar memória biográfica e ficção”.
Texto
A garagem de casa
(Chico Buarque. O irmão alemão. 1 ed. São Paulo.
Companhia das letras. 2014. p. 60-61. Texto
adaptado com o acréscimo do título.)
A obra O irmão alemão, último livro de Chico
Buarque de Holanda, tem como móvel da narrativa
a existência de um desconhecido irmão alemão,
fruto de uma aventura amorosa que o pai dele,
Sérgio Buarque de Holanda, tivera com uma
alemã, lá pelo final da década de 30 do século
passado. Exatamente quando Hitler ascende ao
poder na Alemanha. Esse fato é real: o jornalista,
historiador e sociólogo Sérgio Buarque de Holanda,
na época, solteiro, deixou esse filho na Alemanha.
Na família, no entanto, não se falava no assunto.
Chico teve, por acaso, conhecimento dessa
aventura do pai em uma reunião na casa de
Manuel Bandeira, por comentário feito pelo próprio
Bandeira.
Foi em torno da pretensa busca desse pretenso
irmão que Chico Buarque desenvolveu sua
narrativa ficcional, o seu romance.
Sobre a obra, diz Fernando de Barros e Silva: “o
que o leitor tem em mãos [...] não é um relato
histórico. Realidade e ficção estão aqui
entranhadas numa narrativa que embaralha sem
cessar memória biográfica e ficção”.
A
I e III apenas.
B
I e II apenas.
C
I, II e III.
D
II e III apenas.