“Nos anos 1940, a preocupação central dos Estados Unidos em relação à América Latina, não era a influência soviética nos movimentos políticos, mas as posturas nacionalistas de alguns governos e os movimentos que divergiam da influência norte americana no tocante a uma política de afirmação nacional.”
PEREIRA, S. L. G. Seleções do Reader’s Digest, 1954-1964. Um mapa da intolerância política. Tese de Doutorado: FFCL/USP. São Paulo: FFCL/USP, 2006. p. 22.
Sobre o controle dos Estados Unidos na América Latina no decorrer da Guerra Fria, é correto afirmar que
PEREIRA, S. L. G. Seleções do Reader’s Digest, 1954-1964. Um mapa da intolerância política. Tese de Doutorado: FFCL/USP. São Paulo: FFCL/USP, 2006. p. 22.
Sobre o controle dos Estados Unidos na América Latina no decorrer da Guerra Fria, é correto afirmar que
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa C
1) Tema central
A questão trata do controle político e econômico dos Estados Unidos sobre a América Latina durante a Guerra Fria e de como Washington usou a luta anticomunista para justificar intervenções. É importante conhecer doutrinas (Doutrina Monroe, Good Neighbor), a política de contenção (NSC-68) e episódios práticos (Guatemala 1954, Cuba 1959, Chile 1973, Operação Condor).
2) Resumo teórico
Após 1945 os EUA combinaram diplomacia, ajuda econômica (Aliança para o Progresso), operações da CIA e apoio a regimes autoritários para preservar influência regional. A Guerra Fria criou um discurso anticomunista que serviu de pretexto para ações contra governos e movimentos nacionalistas que ameaçassem interesses norte‑americanos.
3) Fontes úteis
Recomendo leitura: John Lewis Gaddis, The Cold War; Walter LaFeber, Inevitable Revolutions; Stephen Kinzer, Overthrow (sobre intervenções da CIA). Documentos-chave: NSC‑68 (1950) e doutrina Monroe.
4) Justificativa da alternativa C
A alternativa C afirma que "os EUA mantiveram sua política de controle da América Latina e utilizaram a Guerra Fria como pretexto" — corresponde à evidência histórica: muitas intervenções foram justificadas oficialmente pela ameaça comunista, quando o alvo real eram governos ou movimentos nacionalistas independentes dos interesses dos EUA (ex.: derrube de Jacobo Árbenz em 1954; apoio à oposição em Allende antes de 1973). Logo, C sintetiza corretamente a continuidade da política externa norte‑americana.
5) Por que as outras alternativas estão erradas
A — exagera e simplifica: nem todos os países latino‑americanos se aliaram aos EUA; houve resistência e neutralidade em vários casos.
B — incorreta: a URSS nunca formou uma aliança ampla com a região; só Cuba tornou‑se um aliado importante; a relação soviética com a América Latina foi limitada e reativa.
D — falso em termos absolutos: embora nem sempre com sucesso total, os EUA obtiveram êxitos significativos em manter influência (política, econômica e militar) por décadas.
Dica de interpretação
Procure palavras‑chave do enunciado como "controle", "pretexto" e relacione com exemplos históricos concretos. Desconfie de alternativas absolutistas (sempre/nunca) e valide com eventos conhecidos.
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