Um samba no Bixiga
(Adoniran Barbosa)
Domingo nós fumo num samba no Bixiga
Na rua major, na casa do Nicola
À mezza notte o'clock
Saiu uma baita duma briga
Era só pizza que avuava junto com as brachola
Na hora "h" se enfiemo debaixo da mesa
Fiquemo ali, que beleza, vendo o Nicola brigá
Dali a pouco escutemo a patrulha chegá
E o sargento Oliveira falá:
“Num tem importância.
Foi chamada as ambulância.
Carma, pessoal.
A situação aqui está muito cínica.
Os mais pior vai pras Clínica”.
(http://goo.gl/na7dJ. Acesso: 24/12/2012. Adaptado.)
Para que a fala do sargento Oliveira seja apropriada à sua imagem social e ao seu papel
na situação em questão, ela deve ser formulada do seguinte modo:
Um samba no Bixiga
(Adoniran Barbosa)
Domingo nós fumo num samba no Bixiga
Na rua major, na casa do Nicola
À mezza notte o'clock
Saiu uma baita duma briga
Era só pizza que avuava junto com as brachola
Na hora "h" se enfiemo debaixo da mesa
Fiquemo ali, que beleza, vendo o Nicola brigá
Dali a pouco escutemo a patrulha chegá
E o sargento Oliveira falá:
“Num tem importância.
Foi chamada as ambulância.
Carma, pessoal.
A situação aqui está muito cínica.
Os mais pior vai pras Clínica”.
(http://goo.gl/na7dJ. Acesso: 24/12/2012. Adaptado.)
Para que a fala do sargento Oliveira seja apropriada à sua imagem social e ao seu papel na situação em questão, ela deve ser formulada do seguinte modo:
Gabarito comentado
Comentário – Interpretação e Variação Linguística
Tema central: A questão avalia a habilidade de identificar adequação da linguagem ao contexto, ou seja, saber distinguir registro formal e informal e aplicar corretamente a norma-padrão conforme a função social do falante e da situação.
Segundo as gramáticas de referência (Cunha & Cintra; Bechara), o registro formal é obrigatório em situações oficiais, públicas e institucionais. Profissões como a de sargento da polícia exigem linguagem impessoal, clara e respeitosa – conforme também observado no Manual de Redação da Presidência da República.
Justificativa da alternativa correta (A):
“Não há motivo para desespero. As ambulâncias foram chamadas. Calma, pessoal. A situação aqui está caótica. Os feridos vão para as Clínicas.”
Essa resposta usa frases completas, verbos devidamente conjugados e vocabulário condizente com o padrão culto da língua (“desespero”, “foram chamadas”, “caótica”, “feridos”). O tom transmite autoridade, seriedade e neutralidade, adequando-se ao papel do sargento perante o público e ao contexto de emergência.
Análise das alternativas incorretas:
B, C e D apresentam gírias, regionalismos e desvios gramaticais (“sussegue”, “imbulância”, “carango”, “galera”, entre outros), típicos da fala informal, familiar ou caricata, incompatível com a função pública e o cenário oficial.
- B: Usa termos informais – “aperrear”, “imbulância”, “quiprocó”, incompatíveis com a autoridade policial.
- C: Traz gírias – “carango”, “muvuca”, além de informalidade excessiva (“estropiados”).
- D: Linguagem jovem/gírias contemporâneas (“zoado”, “fica na paz”, “galera”), destoando do padrão que se espera de um representante do poder público.
Essas opções, embora criativas e apropriadas para o registro coloquial, não se encaixam no contexto comunicativo proposto pela função e pela situação.
Estratégia para futuros exames:
Em provas, observe o papel social do emissor e o ambiente da comunicação. Sempre que exigido registro formal, elimine alternativas com gírias, regionalismos, abreviações ou erros gramaticais.
Referências: Cunha & Cintra, Bechara (Gramática), Manual de Redação da Presidência.
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